- Para os leitores do site FullRock que não conhecem o trabalho de RICKY DE CAMARGO, poderia descrever os principais pontos da carreira do seu projeto solo até aqui?
R: Ricky está há mais de 10 anos na carreira musical, como guitarrista e compositor. Ao todo o músico já possui 4 álbuns gravados sendo “Origins” 2019, “Maverick” 2020, “Relentless” 2022 e “Beast Mode” de 2025. Sendo este último indicado para a primeira fase no Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum Instrumental de 2022”.
- “Beast Mode” é o novo álbum do projeto e foi lançado de forma independente, como ele vem sendo recebido até aqui?
R: As avaliações e críticas sobre “Beast Mode” tem sido bem positiva pelo que temos avaliado, seja junto a crítica especializada, quanto aos fãs. Esse é um nicho muito especifico da música. Então, um álbum sempre tem a possibilidade de ser aclamado ou passar batido. Acreditamos que temos uma bela joia em mãos com “Beast Mode”.
- Um ponto que salta aos olhos no álbum, é que você optou por não usar cantores para passarem a sua mensagem, algo pouco usual para um projeto de Rock ou Metal. Por qual razão resolveu seguir por este caminho?
R: Eu penso a música de uma forma diferente, dando ênfase a instrumentos. É onde eu acho que me expresso melhor e de forma mais natural. Apenas juntar um punhado de palavras as vezes pra mim pode não ser suficiente. Com a guitarra o único limite é a sua criatividade e o tamanho da inspiração para aquele projeto. Eu tento me manter o mais fiel ao som que eu gosto. O fato de já termos 4 álbuns gravado me parece estar fazendo sentido.
- O seu Som é difícil de ser rotulado, mas eu consegui enxergar similaridades com o Fusion. Você concorda com tal afirmativa? Caso não concorde, como você se definiria?
R: Concordo em partes. Fusion, na minha visão soa Jazz, Rock e muito improviso. O meu som é pensado, do começo ao fim. Geralmente no Fusion você acaba gravando muitas vezes no “feeling”. Eu gosto de escrever, tocar várias vezes pra ter certeza que aquela frase soe da forma que eu imagino. Mas também não tento ser super complicado a ponto de tudo ter que ser difícil. Se for legal pra eu ouvir, já tá valendo.
- Particularmente gostei bastante de “Supernova”, pois ela meio que sintetiza o que temos em todo o disco. Como vem sendo a aceitação dela com o público, e quais do material vem sendo mais pedidas nos seus shows?
R: Supernova é sem dúvida umas das minhas favoritas também. Ela traz um prog bem interessante. Mas que é fácil de assimilar. Não é tão complexa ritmicamente quanto outras faixas. Eu acho que ela tem tudo, melodia, harmonias bonitas, frases de baixo, e os solos eu particularmente gosto bastante.
- A produção do CD é outro fator importante, o que você pode nos dizer sobre o processo de produção de “Beast Mode”?
R: O álbum foi gravado em 2 meses basicamente, com relação a Guitarras e baixos. A surpresa do álbum sem dúvida alguma fica pelo talento incrível da Giovana Teixeira, que apesar de tão nova já se mostra uma baterista excepcional. Ela pegou o álbum e entregou muito além das minhas expectativas. Eu gosto de dar total liberdade para o baterista. Em alguns momentos eu palpito. Mas eu acho que é muito pouco dentro do todo. Mais um trecho ou outro. Sempre coisas pontuais. E em nenhum momento percebi stress. Então com certeza ela estará comigo nos próximos projeto.
- Confesso que demorei muito para entender a sua proposta musical, este tipo de afirmativa tem chegado ao seu conhecimento através de outras pessoas? Quais referências musicais você busca no momento de compor as suas canções?
R: Se fosse um primeiro álbum instrumental entendo que seja um pouco difícil de entender, como foi em “Origins” e “Maverick”. A partir de “Relentless” eu notei uma bela melhora na recepção do álbum. Acho que ele foi o ponto de virada e agora Beast Mode vem para confirmar que estou no caminho correto do meu som.
- Recentemente recebi o produto digital e fiquei de queixo caído com a arte da capa. Como ela é muito subjetiva, teria como nos ajudar a compreendê-la?
R: Particularmente é a minha capa favorita também. Eu tenho um amor pelo oriente, principalmente por minha namorada ser descente de japonês. Então além do estilo eu quis homenageá-la. Temos além da minha versão “Manga”, dragões místicos. Como é uma criatura bem interessante, achei que ficaria legal de traze-lo para o contexto de “Beast Mode”.
- Quais os planos do projeto para um futuro próximo? Um novo álbum já está sendo composto? Pretende seguir o mesmo direcionamento musical?
Foco agora na divulgação do álbum, com shows já sendo acertado, principalmente no estado de São Paulo. Vamos focar este segundo semestre para tornar o álbum o mais atraente e interessante possível para os fãs e aqueles que ainda não conhecem. Para um próximo álbum já tenho algumas músicas bem encaminhadas. Dando destaque para uma faixa que tenho gostado bastante que contou com a participação de Edu Ardanuy, Roberto Barros e Dallton Santos. Sim, todos os 3 na mesma faixa. Teremos alguns solos pra quem gosta. Provavelmente este será lançado ainda no primeiro semestre de 2026.
- Obrigado pelo tempo cedido para a equipe da Fullrock, é chegado o momento das considerações finais…
R: Eu só agradeço pelo carinho dos fãs e espero ver cada um de vocês nos shows, nas redes sociais. Keep rocking.
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