Entrevista - Persevera

 

1. Para os leitores do site FullRock que não conhecem o trabalho da PERSEVERA, poderiam descrever os principais pontos da carreira de vocês até aqui?

Eu que agradeço pelo espaço! A Persevera nasceu em 2020, durante a pandemia, a partir de riffs e ideias de guitarra que eu vinha compondo em casa. Inicialmente era um projeto solo, mas logo se transformou em banda de verdade com meu primo Paulo (vocal), Thadeu (baixo) e Claudio (bateria e dono do estúdio). Desde então, gravamos nosso primeiro álbum “Genesis” e lançamos singles de forma independente, recebendo feedbacks muito positivos do público, tanto no Brasil quanto no exterior.

2. “Genesis” é o novo álbum da banda e foi lançado pela MS Metal, como ele vem sendo recebido até aqui?

O álbum está sendo recebido de forma muito positiva! Todas as músicas foram lançadas como singles antes do álbum completo, o que gerou bastante expectativa. O público tem elogiado especialmente a energia dos riffs, a diversidade de climas nas músicas e a qualidade sonora, que foi cuidadosamente trabalhada em estúdio. “Genesis” também tem chamado atenção de ouvintes de fora do país, o que é muito gratificante para uma banda independente.

3. Um ponto que salta aos olhos no álbum, é que vocês optaram pelo inglês para passarem as suas mensagens, em detrimento do português, algo pouco usual para banda de Rock ou Metal. Por qual razão resolveram seguir por este caminho?

Optamos pelo inglês porque queríamos alcançar um público mais amplo. Além disso, as letras conversam com temas universais — questionamentos pessoais, reflexões existenciais e até referências bíblicas, como os quatro cavaleiros do apocalipse —, e sentimos que o inglês transmitia isso de forma mais direta. É uma forma de nos conectar com ouvintes de diferentes países sem barreiras linguísticas.

4. O Som da PERSEVERA é difícil de ser rotulado, mas eu consegui enxergar similaridades com o Modern Metal. Vocês concordam com tal afirmativa? Caso não concordem, como vocês se definiriam?

Concordamos parcialmente. Acreditamos que a sonoridade da Persevera está muito enraizada no Heavy Metal tradicional, com influências de NWOBHM, Thrash e Power Metal. Mas não nos limitamos a rótulos; buscamos criar músicas que sejam impactantes e cheias de energia. Podemos até ter nuances modernas em algumas passagens, mas o DNA da banda é claramente Heavy Metal clássico.

5. Particularmente gostei bastante de “My Curse”, pois ela meio que sintetiza o que temos em todo o disco. Como vem sendo a aceitação dele com o público, e quais do material vem sendo mais pedidas nos shows da banda?

“My Curse” representa bem o álbum por ser uma faixa pesada, com riffs agressivos e cheios de energia, e um pé no Doom Metal. O público tem reagido muito bem a ela e a outras faixas de peso do álbum. Sobre shows, ainda não estamos fazendo apresentações, pois estamos totalmente focados nas gravações do segundo álbum.

6. A produção do CD é outro fator importante, o que você pode nos dizer sobre o processo de produção de “Genesis”?

A produção foi bem caseira, mas com resultado profissional. Gravamos no estúdio do nosso baterista, o Claudio, o que tornou o processo muito confortável. Primeiro gravamos a bateria, depois guitarras, baixo e vocais. A mixagem e a masterização foram feitas com muito cuidado, e também revisitamos os primeiros singles para que o álbum tivesse uma unidade sonora consistente.

7. Confesso que demorei muito para entender a proposta musical de vocês, este tipo de afirmativa tem chegado ao conhecimento de vocês através de outras pessoas? Quais referências musicais vocês buscam no momento de compor as canções da PERSEVERA?

Sim, já recebemos comentários assim de outras pessoas. Acredito que isso acontece porque não seguimos fórmulas prontas. Nossas referências são bandas como Iron Maiden, Helloween, Metallica, Slayer e Iced Earth. Buscamos energia, riffs marcantes e também diversidade de dinâmica nas músicas, sem abrir mão da identidade da banda.

8. Recentemente recebi o produto físico e fiquei de queixo caído com a arte da capa. Como ela é muito subjetiva, teria como nos ajudar a compreendê-la?

A capa de “Genesis” foi feita para fugir do óbvio. Ela representa o início, tanto da banda quanto de reflexões existenciais. É simbólica, aberta à interpretação, trazendo elementos místicos e modernos ao mesmo tempo. Queríamos provocar curiosidade e criar uma identidade visual própria, sem clichês do metal tradicional.

9. Quais os planos da banda para um futuro próximo? Um novo álbum já está sendo composto? Pretendem seguir o mesmo direcionamento musical?

Já estamos com o segundo álbum em fase avançada de gravação. A sonoridade segue a mesma linha, mas com mais peso e maturidade. A entrada dos guitarristas Luiz e Leandro trouxe novas ideias, solos mais elaborados e variações de dinâmica. A intenção é continuar explorando a essência da banda, mas sempre evoluindo.

10. Obrigado pelo tempo cedido para a equipe da Fullrock, é chegado o momento das considerações finais…

Muito obrigado pelo espaço e pelo interesse no nosso trabalho! Para uma banda independente e nova na cena, entrevistas como essa são muito importantes. Seguimos firmes no propósito de lançar música com qualidade e conteúdo. Quem quiser acompanhar a Persevera pode nos seguir nas redes sociais e nas plataformas digitais — em breve tem mais novidades, lançamentos e os primeiros shows ao vivo.

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About Pedro Hewitt

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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