- Para os leitores do site FullRock que não conhecem o trabalho da ADULFE, poderiam descrever os principais pontos da carreira de vocês até aqui?
Primeiramente, é um prazer estar falando com vocês. Estamos com a formação desde 2018 e em 2020 em diante lançamos nosso primeiro trabalho chamado DECADÊNCIA e na fase da pandemia fizemos participações em festivais online, quando fomos liberados começamos a excursionar por algumas cidades da região e nos estados do vizinhos. Em 2025 lançamos segundo trabalho em inglês chamado ANXIETY no qual trata toda a dor e transtornos deixado pela pandemia e estamos trabalhando para mostrar a mais pessoas nosso som.
- “Anxiety” é o novo álbum da banda e foi lançado pela MS Metal, como ele vem sendo recebido até aqui?
Anxiety se mostrou muito poderoso e bem diferente do “Decadência” baixamos as afinações, trabalhamos com um produtor musical no qual tem nos acompanhado, porém dessa vez ele coordenou as gravações limpou bastante coisas que seriam por nossa vontade e deixou as músicas muito mais pesadas e agressivas, o feedback foi imenso a ponto dos nossos números superarem o anterior e atrair uma nova onda de seguidores.
- Um ponto que salta aos olhos no álbum, é que vocês optaram pelo inglês para passarem as suas mensagens, em detrimento do português, algo pouco usual para banda de Rock ou Metal. Por qual razão resolveram seguir por este caminho?
No Decadência nós lançamos uma música em inglês que foi bem aceita e uma música que não pode faltar nos shows, muita gente vem pedindo e se identifica demais e a gente viu potencial em gravar músicas em inglês visando expandir o som pra fora do pais...o sonho de toda banda é fazer tour pelo mundo. Para nós não é diferente então estamos fazendo um caminho diferente.
- O Som da ADULFE é difícil de ser rotulado, mas eu consegui enxergar similaridades com o Metalcore. Vocês concordam com tal afirmativa? Caso não concordem, como vocês se definiriam?
Adulfe é uma banda que está transitando entre metalcore, deathcore e HC...
está sendo divertido e desafiador passear por ambos estilos e a gente gosta, estamos em uma vibe muito beatdown com breakdown carregado e fazer o moshpit ser insano... Então é basicamente isso que somos hoje...
- Particularmente gostei bastante de “Pain and Misery”, pois ela meio que sintetiza o que temos em todo o disco. Como vem sendo a aceitação dela com o público, e quais do material vem sendo mais pedidas nos shows da banda?
Ela é uma música incrível e bem cadenciada, ela traz a tona as sensações de uma pessoa com transtornos e como ela se sente diante de uma crise, então como a gente quis expor essas dores, muita gente tem se identificado e nos relatado o quão difícil é viver com essa dor, dificuldade para se manter vivo e ausência de felicidade e a música é uma saída para eles lutarem e vencer a cada dia
- A produção do CD é outro fator importante, o que você pode nos dizer sobre o processo de produção de “Anxiety”?
Bom, fizemos como nosso querido produtor do (Estúdio MOJO) Matheus Nunes, diretamente do RJ. Como moramos no MS e ele no RJ fica muito difícil estarmos 20 dias juntos e conseguimos fazer toda produção online com ele comandando nossa máquina e corrigindo cada nota, acentuação, timbre e progressão da banda. Foi uma experiência incrível e que nos fez amadurecer e sermos mais profissionais com nosso som e compromissado com nosso projeto. Foram meses nesse projeto e recompensador com o produto final.
- Confesso que demorei muito para entender a proposta musical de vocês, este tipo de afirmativa tem chegado ao conhecimento de vocês através de outras pessoas? Quais referências musicais vocês buscam no momento de compor as canções da ADULFE?
Para algumas pessoas tem sido bem diferente, encontraram algo mais pesados, nós temos feito música pra bater muito a cabeça ao ouvir as músicas, nosso objetivo é fazer com que as pessoas saiam de alma lavada do show e possam liberar suas frustrações gritando bem alto todas as letras. Nós vemos muito isso no show do Suicide Silence, Kublai Khan TX, Bring Me the Horizon entre outras bandas que tragam a proposta pesada com letras viscerais.
- Recentemente recebi o produto digital e fiquei de queixo caído com a arte da capa. Como ela é muito subjetiva, teria como nos ajudar a compreendê-la?
A capa ficou muito marcante pra gente, a proposta é mostrar uma alma surrada, suja e abatida depois de uma crise de ansiedade. A pessoa sente como se estivesse presa em arames farpados, sem ação e sofrendo. Essa é a descrição de como pessoas com ansiedade se sentem. Ao fundo você pode perceber que é um quarto, mas como a aura da ansiedade é grande você quase não percebe, esse quarto é a mente da pessoa, todo bagunçado e destruído pela ansiedade.
- Quais os planos da banda para um futuro próximo? Um novo álbum já está sendo composto? Pretendem seguir o mesmo direcionamento musical?
Estamos em fase de singles e como single é algo singular, a proposta é abordar uma sonoridade diferente e explorar novas causas, dores e sensações... está soando algo mais simples, agressivo e com refrões marcantes a ideia é sempre ser pesado e agressivo como o ANXIETY e que o público possa ter essa reflexão no show..
- Obrigado pelo tempo cedido para a equipe da Fullrock, é chegado o momento das considerações finais…
Nós que estamos muito honrados com esse bate-papo! Muito bom poder expandir nosso som e nossa ideia a mais pessoas. Nos acompanhem nas redes sociais e nos apoiem compartilhando nosso som a mais pessoas. Obrigado!
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