Pedro Hewitt - A insanidade e o caos sonoro é totalmente reconhecido quando se trata
do cenário Underground do Ceará, e sem dúvidas a Blight faz parte deste grupo.
Para começarmos essa leitura, sabemos que o som é totalmente calcado pro Thrashcore com
forte presença da agressividade do Power Violence,
mas tão ríspido que mais parece uma motosserra em
meio uma multidão. Como surgiu a banda e de onde saiu
esse nome tão ‘’sugestivo’’,
que mais parece outra coisa?!
Blight - Fala Pedro! Antes de mais nada, gostaria de
agradecer a você pela entrevista, o apoio, a amizade e
parabenizar o seu "trampo" com a PxNx e com suas movimentações no Underground.
As idéias surgiram em 2015. Juninho tinha um amigo que tocava bateria no bairro onde ele reside, e queria tocar Thrashcore. A princípio, o nome seria "Bestial Mosh". Quando foi tirar o primeiro ensaio, Juninho não soube tocar e cantar ao mesmo tempo, daí foi convidado o Filipe Fonseca (Na verdade ele se ofereceu pra tocar em uma publicação no Facebook –Risos-).
As idéias surgiram em 2015. Juninho tinha um amigo que tocava bateria no bairro onde ele reside, e queria tocar Thrashcore. A princípio, o nome seria "Bestial Mosh". Quando foi tirar o primeiro ensaio, Juninho não soube tocar e cantar ao mesmo tempo, daí foi convidado o Filipe Fonseca (Na verdade ele se ofereceu pra tocar em uma publicação no Facebook –Risos-).
O batera acabou saindo do esquema, e Filipe conhecia o Bruno
Rodrigues que entrou logo em seguida, assim, formando um Power trio. Demoramos
um pouco pra tirar ela do papel. Tínhamos muita influência de bandas como: Crippled Fox,
Chainsaw Squid, Fuck On The Beach, Love Story, CãoNosCoro, Bandana Revenge, D.F.C.,
Violator (Fora as bandas clássicas da cena Thrashcore/Violence como
Flash Gordon, WHN?, Infest, Spazz...) Quanto ao nome, tem diversas traduções e nenhuma delas é uma coisa boa. A favorita de todos é "influência
maligna" (Risos). Hoje em dia, a formação conta com: Jean Plínio no Baixo, Älissön na bateria, Filipe Fonseca nos vocais
e xJuninhox na guitarra. E a proposta é tocar
Thrashcore na velocidade da luz com a brutalidade do Powerviolence.
Pedro Hewitt - É de se observar que cada um dos membros
possui uma afinidade total com aquilo que executam, logo, cada um possui inúmeros projetos fora da Blight. Como
fizeram para conciliar cada projeto?
Blight - São tantas influências
e riffs na cabeça que não conseguimos ficar com apenas uma ou
duas bandas (Risos). Bom, exceto o Filipe (até agora), todos temos nossos projetos
paralelos, Alisson, Jean Plínio e Juninho são
os que mais tocam em bandas/projetos paralelos, mas que não fogem muito da idéia central do rolê Underground na qual convivemos. E
adotamos uma medida em que o Alisson sugeriu. Um final de semana ensaia uma
parte das bandas que dividem o mesmos integrantes (Blight, Epidemic, Ëscarrö Näpälm e etc) e o outro fim de semana, as
demais bandas do Alisson que também dividem os mesmo integrantes (Discräsiä, Diagnose, Visceral Clímax e etc). Muitas vezes tocamos duas
ou três vezes por diferentes bandas em um
mesmo festival. Existem suas dificuldades, como todas as bandas e projetos tem.
Mas não é tão difícil conciliar.
Pedro Hewitt - Vale ressaltar que houve um grande
amadurecimento musical e na qualidade óbvia das letras críticas, com a mesma temática e direcionamento. Como foi o
processo evolutivo de um tempo pra cá dos novos sons?
Blight - A banda
passou por mudanças na formação
desde 2016. E é claro, a banda permanece em constante
"amadurecimento" de maneira geral (Apesar de ser barulhento). Com a
atual formação, acreditamos que a banda moldou de
maneira mais efetiva o que de fato tentamos executar. As influências de bandas que sempre ouvimos com as bandas que ao longo do tempo vamos
descobrindo, nos deixam cada vez mais criativos, assim proporcionando o
amadurecimento na execução dos nossos sons. E sobres as letras,
sempre tentamos manter coerência em certos assuntos (Até porque se trata de uma banda dentro do
contexto da contra-cultura punk), porém, uma das propostas da banda é o teor cômico, fazendo de certos acontecimentos
dentro e fora do nosso convívio ter uma relação
com a comédia, mas nunca perdendo o foco de um
conteúdo contestador.
Pedro Hewitt – Percebi também
que a cultura vegana reina entre vocês, parece algo maior que influência, fora que isso ajuda demais o próprio planeta que vivemos. Até nisso conseguem ter uma afinidade.
Especialmente ao xJuninX, fale sobre VEGANISMO X MÚSICA
RÁPIDA.
Blight - Quase que um casal perfeito, né? São coisas que fazem parte da nossa
subcultura. Juntas ou separadas... O Punk /Hardcore sempre teve um viés contestador, a negação de valores capitalistas na sua mais
ampla definição e na emancipação
de toda minoria. Com isso, o Hardcore sempre foi e sempre será a voz do oprimido, na qual, os animais
também são vítimas. Talvez esse tema não tenha entrado em vigor nas bandas que
tinham interesse no cenário mainstrean, porém, no Hardcore do submundo a libertação animal sempre esteve junto com os inúmeros clamores por uma vida digna pra
quem é vítima do capital. Apesar do nosso guitarrista
ser o único vegetariano da banda, temos um vínculo muito forte com essa pauta, a
convivência diária com amigos e amigas no rolê vegan/vegetariano nos ajuda a rever
nossos conceitos e lutar por uma melhor relação com o planeta.
Pedro Hewitt - Falando em material, vocês lançaram um split tape com a banda local
Epidemic, como funcionou todo o processo? E porquê todo o amor pela velha escola de
materiais (K7, Vinil...)?
Blight - Bom, 66,6% da Epidemic faz parte também da Blight. A ligação entre as bandas sempre foi muito
forte. xJuninx sempre ajudou fazendo artes e etc. Tocamos muitas vezes juntos.
E essa idéia foi ficando mais forte a cada dia.
Até que um dia decidimos pegar áudios de festivais que tínhamos tocado e lançar um split ao vivão mesmo. Com a ajuda do Henrique (Faixa
de Gaza, mais uma influência de idéias
pra gente, e banda paralela do xJuninx). Foi tão bem aceito que nem os próprios integrantes tiveram acesso
(Risos).
Mas falando de k-7 e Vinil, as mídias
analógicas no geral, são fascinantes. Quando lemos histórias ou assistimos algum doc/entrevista
com bandas de Hardcore veloz que gostamos dos anos 80/90/00, as gravações "podronas", os lançamentos de demo Tapes que deixa mais
"podre" ainda, a correria da época "a galera era tão "pivetes" quanto a gente,
isso nos inspirar e faz com que mantenhamos a "velha escola" ativa em
nossas vidas e na vida de muita gente que pegam as mesmas referências.
Pedro Hewitt - A banda tem um reconhecimento maior fora do
Brasil do que aqui mesmo, fora que possui uma quantidade muito boa de lançamentos e resenhas. Existe ou existiu
alguma dificuldade que fizessem com que a banda acabasse lançando mais facilmente as coisas lá fora? Acha que as artes feitas a mão, totalmente DIY acaba sendo um incômodo para a indústria
auditiva e visual nacional?
Blight - Falando assim até parece uma "banda de
verdade" (Risos).Então, muita das vezes temos prioridades em nossas vidas pessoais, com isso, a grana é sempre muito limitada para investir na banda. Como não apareceu interessados em fazer um suposto lançamento aqui na cidade /país e não tínhamos como fazer uma divulgação de qualidade por conta própria, o lance era trocar e-mail com amigxs de outras regiões do Brasil e fora do país. Já tínhamos alguns contatos de fora, e um amigo nos indicou para um selo Húngaro chamado Drink'n Beer In Bandana Records. Que entrou em contato conosco e realizou o lançamento da nossa primeira demo intitulada "Thrashviolence" no formato Tape - pro. E o nosso amigo BxSx Como uma pessoa de muitos contatos e parcerias, espalhou nossa demo tape como uma praga pra diversos países. Desde então, muita gente de vários lugares entram em contato com a banda nesses últimos anos. E é muito legal quando rola uma troca de mensagens, vivências, materiais apesar da distância, assim, começar uma nova relação de amizade.
Pedro Hewitt - Na humilde opinião de vocês, levando em conta o conteúdo anterior, como percebem a inserção de mais um disco no cenário nacional? Aliás, como vocês olham o mercado musical para as bandas que estão crescendo aos poucos?
Blight - É sempre interessante quando surgem
novas banda e novos discos no cenário nacional. A vida é feita de oportunidades pra muitos, e várias bandas hoje em dia deram uma
alavancada na sua trajetória com muita dedicação e suor pra obterem seus méritos. Assim, enriquecendo cada vez mais o cenário de bandas boas agradando a diversos
estilos.
Pedro Hewitt - O que vocês acham dessa galera que faz sucesso
muito rápido hoje em dia? E desses movimentos
em prol ao rock atuais, como coletivos, etc…?
Blight - Como citamos agora a pouco, a vida é feita de oportunidades para muita
gente. Sempre começando por bandas e amigxs de bandas que
estão sempre realizando eventos, muita das
vezes "na tora" com os ensaios abertos, a ocupação de praças e ruas, criando coletivos para uma
melhor divulgação no cenário local. E graças
a essas iniciativas, várias bandas conseguem grande
notoriedade ao ser notado por seu desempenho, por executar sua música e suas idéias
com muita humildade, sinceridade e coerência . Mas às
vezes parece que "forçam a barra" para criar uma nova
tendência, e tentar uma "fama" a
qualquer custo. Como já virmos bandas locais (Da nossa cidade
e de várias regiões do país) "brincando de ser famoso"
e de forma direta ou indireta criando um aspecto de superioridade e fingindo
uma "humildade" como se tivesse "dando uma força para as outras bandas (Que ele
acredita ser inferior)". Particularmente, achamos isso muito engraçado, porém, ridículo. Você se comportar como uma banda
profissional é uma coisa, mas se comportar como um
"xarope" pra descolar uma namoradinha no final do show é totalmente diferente.
Uma "cena unida" é uma cena livre de egocentrismo, de
superioridade, narcisismo e exercer o apoio mútuo para com os companheiros que estão na mesma jornada.
Pedro Hewitt - Ainda sobre os lançamentos,
muitas bandas ficam com medo de fazer uma 'continuação'
de um material ou executar um som que 'espante' o público,
falando de uma maneira geral. Não sei se vocês
arriscaram ou fizeram um estudo bem amplo para produzirem materiais assim, e
principalmente em português. Normalmente faço a mesma pergunta com outras bandas, e
com vocês não pode sair em branco. Qual importância do português
hoje em dia no Underground?
Blight - Medo não é a palavra que usaríamos, e sim, "acanhado" ou receoso. Por que assim, as vezes, por uma cenário moldado pelo mesmos estilos que são bem convencionais e acessíveis pela "indústria fonográfica do rock", quando alguém se depara com algo diferente no setor barulhento, acontece das pessoas entrarem em "choque" e muita vezes não são compreendidos e não levado a sério, até ridicularizados por não entenderem o contexto que tal estilo leva como proposta. Tem pessoas que ficam com pé atrás em dar continuidade em seus projetos, porém, tudo no universo musical /anti-musical envolve sentimentos verdadeiros. Por isso, o lance é encher o peito e fazer aquilo que ama.
Blight - Medo não é a palavra que usaríamos, e sim, "acanhado" ou receoso. Por que assim, as vezes, por uma cenário moldado pelo mesmos estilos que são bem convencionais e acessíveis pela "indústria fonográfica do rock", quando alguém se depara com algo diferente no setor barulhento, acontece das pessoas entrarem em "choque" e muita vezes não são compreendidos e não levado a sério, até ridicularizados por não entenderem o contexto que tal estilo leva como proposta. Tem pessoas que ficam com pé atrás em dar continuidade em seus projetos, porém, tudo no universo musical /anti-musical envolve sentimentos verdadeiros. Por isso, o lance é encher o peito e fazer aquilo que ama.
Sempre deixamos bem claro pro nosso público
nossas idéias, influências
e objetivos. Também temos letras em inglês, já tivemos letras com trechos em
espanhol. Mas é sempre com o mesmo intuito: passar
nossa mensagem ao público alvo, nós
fazemos questão dessa proximidade.
Pedro Hewitt - Vocês surgiram na grande Fortaleza (CE),
cidade boa, mas um pouco complicada em alguns quesitos desde um tempo indeterminado. As dificuldades são nítidas, ainda mais para vocês que são bem novos, mas como fizeram/fazem
para burlar todo esse sistema que está ativo até hoje pro lado Underground?
Blight - Em primeiro lugar, a vontade de fazer o que gosta.
O Underground é pra quem gosta mesmo. O dia a dia não é fácil, todos temos funções extras, estudo, trabalho... A ajuda
do público, o apoio das outras bandas sempre
foi muito importante. Claro que não rola sempre, às
vezes temos que fazer as coisas por nós mesmos, sem esperar por ninguém, absolutamente ninguém.
Pedro Hewitt - O cenário barulhento tem ficado cada vez mais
recheado, com bons fests e gigs com bandas do Grind, Thrashcore, Crossover,
enfim, isso demonstra que existe sim bastante união do Underground e que a garagem não é limite quando se tem vontade de
generalizar um caos sonoro, fazendo assim o cenário DIY OR DIE cada mais forte, claro,
existindo suas baixas, porém, somos mais fortes do que possamos
imaginar. O que podem destacar ou observar sobre as bandas e pessoas envolvidas
que estão alavancando ou tentando alavancar o
movimento pelo estado e regiões próximas?
Blight - A ideia de cena e "união
underground" é meio complexa no final das contas. Você sabe da existência
das "panelinhas". Mas também existem pessoas dispostas a realizar
atividades com apoio de maneira mais ampla, essas sim, são
pessoas que de fato vem trazendo mudanças definitivas para uma cena mais
unida. Não se limitando apenas as velhas e
mesmas bandas. E você não poderia deixar de ser citado pela a
maneira que enxerga a necessidade que o Underground como um todo passa, a
maneira que fortalece as relações de amizade muito além de um medíocre
circuito fechado e da melhor maneira possível. O nosso rolê
é bem esse DIY mesmo, juntam-se 3 ou 4
bandas amigas de estilos diferentes que são brutais e não
tem tanta notoriedade e condições de realizar algo grande, alugamos
um estúdio, 3 á 5 reais de cada um e o rolê tá pago!
Esse é a maneira que tentamos juntar amigxs e
fazer uma movimentação com muito amor e diversão.
Pedro Hewitt - Mesmo com as dificuldades vocês produzem, gravam, fazem loucuras e estão pouco de fodendo para os comentários negativos, irão pegar as malas e embarcar para o inferno de Teresina (PI) no segundo semestre, no INFEKTOR SELF FESTIVAL #5, conhecendo e dividindo palco com boas bandas. Quais são as expectativas de vocês para o evento?
Blight - As expectativas são as melhores possíveis. O cast do evento já fala por si só,
a vontade de tocar fora de Fortahell é mais um tempero que alimenta a
ansiedade de participar do INFEKTOR SELF. E ainda tem os amigos que já foram e falam super bem de tudo aí, as pessoas, o próprio festival que já vai pra sua 5º
edição. Isso mostra o quão o público faz com que a insanidade do
festival em prol da destruição da vida falsa fique viva e ativa.Pedro Hewitt - Mesmo com as dificuldades vocês produzem, gravam, fazem loucuras e estão pouco de fodendo para os comentários negativos, irão pegar as malas e embarcar para o inferno de Teresina (PI) no segundo semestre, no INFEKTOR SELF FESTIVAL #5, conhecendo e dividindo palco com boas bandas. Quais são as expectativas de vocês para o evento?
Blight - Como já falamos, a banda leva um teor cômico em suas letras. Fazemos homenagens
a pessoas e situações agradáveis e "desomenagens" a
pessoas toscas e situações
lamentáveis.
Pizza é algo divino! Por isso não poderia deixar de ser homenageada (Risos). E também faz parte da estética do Thrashcore, que veio de uma galera nerd que curtiram quadrinhos, e é uma referência a Tartarugas Ninjas! Várias bandas dos anos 90' passaram a citar muitos personagens de quadrinho / filmes /séries de lutas, animações e ficção científica.
"Meu filtro dos sonhos..." Não somos fã de "good vibes" e não acreditamos nessa energia positiva de maneira fantasiosa e boba (Risos).
Nossas letras retratam um certo pessimismo de uma realidade violenta, truculenta, genocida na qual não vamos mudar fazendo "ciranda" ou "entregando flores" para o inimigo. "Olho por olho, dente por dente".
Pizza é algo divino! Por isso não poderia deixar de ser homenageada (Risos). E também faz parte da estética do Thrashcore, que veio de uma galera nerd que curtiram quadrinhos, e é uma referência a Tartarugas Ninjas! Várias bandas dos anos 90' passaram a citar muitos personagens de quadrinho / filmes /séries de lutas, animações e ficção científica.
"Meu filtro dos sonhos..." Não somos fã de "good vibes" e não acreditamos nessa energia positiva de maneira fantasiosa e boba (Risos).
Nossas letras retratam um certo pessimismo de uma realidade violenta, truculenta, genocida na qual não vamos mudar fazendo "ciranda" ou "entregando flores" para o inimigo. "Olho por olho, dente por dente".
Basicamente é uma músicas que fala de "meter o loko" em pessoas escrotas, exploradores, mercenários... e por aí vai. (Risos)
Pedro Hewitt - Sejamos francos, o que vocês têm a dizer sobre o cenário ao redor de cada um? E no Brasil? Quais os tipos de bandas na atualidade que merecem ser entendidas como Undergrounds e 'médias', e aquelas que, na opinião sensata de vocês, claro, não merecem ser?
Blight - Polêmica... Uma opinião que pode rolar uma discórdia das grandes. No final das contas,
aos olhos de muitos somos pivetes, doidinhos que não
sabem de nada (Risos). Acho que não cabe muito a nós
falarmos muitos. O que podemos citar é um rolê imundo, nojento e desprezível que são os "white merda" e suas
bandas e coletivos existentes. Aqui em Fortaleza rola um coletivo chamado
"coletivo subterrâneo" composta por "pastores e
fiéis de igreja evangélica"! Parece piada né? Sim! Existem e se articulam vários shows e atividades aqui na cidade,
porém, sempre será
alvo da nosso ódio e desprezível
incondicional. BOICOTE TOTAL!!!
Pedro Hewitt - Qual a diferença entre ser um músico
''profissional'' que toca metal, hardcore, e ser um headbanger que toca metal?
Blight - O que acontece é que tem gente que alega ser músico profissional que toca Metal/Hardcore
mas não entende absolutamente nada da essência e está
no esquema pra tirar vantagem ou algo do tipo. Não é a toa que existem banger e até punk usando visual de bandas como
Napalm Death ou Discharge, e tem uma mentalidade bosta regada a fascismo. Mas não necessariamente todo músico profissional seja assim. O
headbanger ou o punk geralmente toca aquilo por que é
a válvula de escape diante de uma realidade
mórbida que ele vive! Ele vai se envolver
em um movimento e geralmente não se limitando apenas com bandas.
Zines, site, debates, estudos, selos, produção de materiais, trocas, vendas. O
banger ou Punk/HC geralmente está ali entregando corpo, mente e alma
pelo que acredita valer a pena dentro do rolê.
Pedro Hewitt - Considerações finais? Comam pizza ou morram.
Agradeço de coração o tempo destinado para responder
essas perguntas. Nos vemos a qualquer momento, precisamente em outubro aqui em
Teresina, não venham de casaquinho; Abraço forte para cada um e que o Power
Violence jamais pare.
Blight - Queríamos agradecer de todo coração pelo convite em participar de um
evento como esse (Nosso tipo de evento –Risos-), agradecer este espaço concedido pra falarmos um pouco da
banda, de como é a cena aqui na capital alencarina e
falar besteira (Risos).
E quem tiver lendo isso: MONTEM BANDAS, ESCREVAM ZINES e façam da sua cena local um lugar rico em
bandas e idéias legais.
Destrua o racismo, a homofobia, patriarquismo, e fascismo com todo ódio possível. Isso é coisa de crente! Interessados, entrem em contacto conosco! Valeu amigxs! 666
Destrua o racismo, a homofobia, patriarquismo, e fascismo com todo ódio possível. Isso é coisa de crente! Interessados, entrem em contacto conosco! Valeu amigxs! 666
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