GUILHERME COSTA: "É uma estrada muito longa a se caminhar"


Saudações Guilherme Costa, como está? De antemão, parabéns pelo projeto e por toda sua formação.
Guilherme Costa: Olá pessoal! Estou ótimo! Gostaria muito de agradecer a vocês pela oportunidade de dar essa entrevista e dizer que fico super feliz com todo esse apoio que vocês estão dando ao meu projeto solo!

Querendo ou não, fazer o Rock acontecer no país é bem complicado. Quais foram e quais são as principais dificuldades enfrentadas no decorrer da sua trajetória?
Guilherme: No início, o mais difícil foi encontrar o pessoal certo para fazer a coisa acontecer, eu montava uma banda com alguns amigos e sempre faltava um integrante para completarmos o time. Depois de um tempo veio outro problema, era bem difícil encontrar músicos com o mesmo foco e objetivo. Eu sempre quis levar a coisa muito a sério, fazer turnês por vários cantos do mundo, divulgar bastante e sempre lançar novidades, mas nem todos tinham esse mesmo pensamento, muitos queriam tocar apenas por hobby e isso era algo que eu não estava almejando.

Referências são diversas quando se trata de comparar suas faixas, tendo peso e harmonia caminhando lado a lado. Com quais características mais gosta de compor?
Guilherme: Eu gosto sempre de compor melodias possíveis de serem cantadas,  ultimamente tenho utilizado muitas influencias das trilhas sonoras de games dos anos 90 e também do Heavy Metal melódico. Eu procuro usar o máximo de estilos variados possíveis para fazer minhas músicas, pois assim as composições se tornam mais ricas e tendo também grandes chances de atingir um público maior.

Minas Gerais possui um cenário forte diante o Rock e Heavy Metal, você sendo uma novidade triunfante sem dúvidas demonstra um pouco de sua capacidade no EP “The King’s Last Speech”. Como se deu o lançamento?
Guilherme: O lançamento foi realizado pela Dunna Records, nós realizamos um evento em Belo Horizonte na loja de instrumentos Serenata para lançar o disco e o videoclipe da música “Come on and Play”. Convidamos também o grupo Minas Squad para participar do evento caracterizados como personagens do Star Wars e animar o pessoal. Neste evento realizei um workshop comentando um pouco sobre as músicas compostas, o processo de gravação e composição e sobre alguns aspectos musicais específicos inseridos nas músicas.

Neste EP podemos perceber algumas influências, que são das mais variadas, de Synyster Gates até Slash. Como essa variabilidade de guitarristas te ajudou a criar um trabalho autoral e ao mesmo tempo uma identidade sua?
Guilherme: Essa variabilidade me ajudou na parte de juntar vários elementos de várias composições e estilos e transformar num material único. Quando pegamos apenas uma referência, nossa tendência é soarmos igual a ela, se abrirmos as portas para vários guitarristas e vários estilos musicais, a chance é bem maior de conseguirmos criar uma identidade sonora. Além de termos mais ideias para criarmos nossas músicas, e este é o caminho que pretendo continuar seguindo.

Você faz alguns workshops e aulas, o quanto é importante não só pra si, mas pra os novos guitarristas ter esse tipo de experiência?
Guilherme: Nos workshops, tanto para quem está ensinando quanto para quem está aprendendo, a maior importância está na troca de experiências, o público aprende muito com nossas experiências que expomos e nós aprendemos muito com as experiências deles quando eles fazem alguns comentários e perguntas no decorrer do workshop. Nas aulas eu vejo que uma das importâncias para os dois lados também está nesta troca, principalmente quando estamos ensinando um aluno que possui uma vivência diferente da nossa tratando-se de estilos musicais. Neste caso o aprendizado se torna muito mais rico para o aluno e para nós mesmos.

Como você observa o mercado musical relacionado ao som que executa atualmente no Brasil?
Guilherme: O mercado musical do rock instrumental é algo que possui um público bem específico que são os músicos. Eu vejo que muitos músicos que tocam estilos diferentes do rock também se interessam muito pelo instrumental. Atualmente existem muitos artistas no Brasil lançando álbuns de rock instrumental e estão lutando bastante para terem reconhecimento, porém conseguir conquistar o público que ainda não toca um instrumento é algo muito difícil. Muitos músicos desse ramo, não só no Brasil, mas em outros países também, se restringem a criar músicas altamente complexas de serem executadas, e isso não tem surtido muito interesse em quem não toca um instrumento. Por isso vejo que são os próprios músicos que na maioria das vezes movimentam o mercado musical do rock instrumental.

As redes sociais atuais ajudam demais na formação de contatos. Você observa que isso é fundamental para dar os primeiros passos em uma carreira profissional?
Guilherme: Com certeza! Por experiência própria posso afirmar que muitos contatos importantes para minha carreira encontrei através das redes sociais. Quem deseja alavancar sua carreira de alguma forma pode usar o Facebook e o Instagram por exemplo, para começar a divulgar o próprio trabalho, sempre postar vídeos tocando e/ou cantando seja um cover ou uma música autoral, ter um canal no YouTube também pode ser uma boa forma de divulgação do próprio trabalho. E temos várias outras redes sociais que podem ajudar na divulgação também, todas são válidas de fato.

Você, atualmente, trabalha mais com suas bandas covers. Alguma hora seu trabalho autoral pode virar seu “1° emprego”?
Guilherme: Sim, todos os dias venho trabalhando para que meu autoral se torne minha principal fonte de renda em breve. Sempre tento lançar algo novo nas redes sociais como vídeo aulas e guitar covers. É uma estrada muito longa a se caminhar e não podemos parar nem um segundo, eu inclusive desejo a todos que desejam seguir essa carreira que entrem também nessa estrada e nunca parem de correr atrás!

Total sucesso e apoio em sua empreitada, Guilherme. Continue assim que você irá longe. Abraços, agradecemos o tempo disponibilizado em saber um pouco de sua história nesta entrevista.
Guilherme: Mais uma vez eu agradeço também a todos vocês pelo apoio e pela oportunidade e espero poder bater um papo novamente com vocês em breve!

Entrevista por: Pedro Hewitt e Vinicius Augusto. 


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About Pedro Hewitt

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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