REVIEW CD: Metacrose - inTERRORgate

''What's Wrong With Killing?''
É a musica que define bem o som da banda, abre o álbum de forma brutal, Riffs  rápidos e logo após o riff da ponte “alá” Judas Priest e Maiden, bem melódico, mas logo é substituído pela agressividade da bateria. Aos poucos a musica vai ficando lenta, porém com acordes de peso. Duelos de guitarra começam até que uma flauta aparece. Sua aparição não me surpreende tanto, nos primeiros minutos você já percebe o tipo de som inovador que o Metacrose faz. A letra da mesma não é leve, fala um pouco sobre o instinto de matar do homem, e religião .
“Mesmo se matar for parte da nossa natureza, nosso instinto natural não pode justificar nossa prática“.

A letra de Is ''This Democracy?'' fala por si só e mesmo sendo uma letra de 2014, ainda reflete o estado do nosso país. Ela dispensa comentários, simplesmente sensacional. E o que falar dos riffs influenciados pelo Pantera, impossível não bangear! E de repente, a musica para, e um violão erudito, lindo aparece com novamente um dueto de guitarras solando. Ao se encaminhar ao final, Deathmetrius (Baterista) foca na rapidez e leva com ele o resto da banda.
 
''How Can I Know I Am?''
Conta com a participação de ninguém mais ninguém menos que Marcus Siepen, guitarrista de uma das melhores bandas de Power metal da historia, Blind Guardian. Novamente, Thiago (guitarrista) mostra todo seu talento no violão erudito, que começa a fazer uma junção perfeita ao outro violão que faz o solo. Logo Vinicius (Vocalista) começa com seu gutural e os riffs rápidos puxam pro lado mais Thrash, a flauta aparece novamente, mas não se encaixa muito bem. Entretanto a música entra em outra dimensão, quando aparece o solo de Marcus, com todo seu feeling e habilidade e então  entendemos o porquê que o Blind Guardian é tão bem sucedido. Não posso deixar de falar sobre a letra, uma autorreflexão sobre o que somos. Tenho certeza que devem ter ficado muito orgulhosos do resultado de toda a faixa.

''Are You The Truth?'' começa com uma bateria completamente incrível, mudando de ritmo e parte inicialmente dando evidência a Demetrius, parecendo que o mesmo é “personagem principal” da  música. Ele tem seu ponto mais alto em todo álbum, em que as viradas são anormais e rápidas. A mesma é muito mais puxada pro Death Metal, não mostra tanto a influência power metal. Apenas no final da música a música fica lenta o violão termina com classe para partir para próxima etapa.

Em seguida o susto, ''What Is Established?'', Outro trabalho bem feito. Ela também segue mais os padrões do Death metal, mesmo que uma vez ou outra apareça as guitarras melódicas. Atentando aos riffs pesados e bem modernos, como um Lamb Of God. E guitarra parte pro solo e bateria logo abusa dos famosos “blast beats”, fazendo a musica ser mais agressiva, rápida ate o termino. É a mais curta do álbum com 3:33.

Temos depois a longa faixa,”Zé do Caixão“, com o próprio também cantando no final. Letra fala do personagem de José Mojica, que o define e o homenageia. A musica é em português, coisa que várias bandas brasileiras deviam adotar. Violão começa e te coloca em uma atmosfera completamente diferente do resto da musica. Logo aparece a banda e destaca-se a voz de Vinicius. Musica em grande parte, é cheia de breakdowns. E que musica! Em minha humilde opinião, a melhor. Tudo é estruturado e forma uma estrutura maligna e fortemente marcante ,como outras faixas é viciante .

''Interiorem''
É onde Thiago (Guitarrista) mostra suas habilidades novamente em seu violão, musica completamente instrumental, com violinos. Eles ousaram, não foi pouco, e ousaram muito bem. Ela na verdade é uma pequena pausa para as ‘porradas’ que ainda virão.

''Just Enough Rope'' é rápida, cheia de criadas, riffs abafados. Só precisaram de alguns acordes, sem muita velocidade e um amplificador cheio de ganho. Para produzirem um ambiente mal, pesado e obscuro. Esperava que a faixa terminasse com solos mais rápidos, mas não novamente ambas guitarras fazendo outro “duelo”.

''Why Should He Live ?''
É uma ‘pedrada’, violenta e perfeita para quem quer um Death/Thrash de primeira, é também diferente das outras, mais parecida com a 4° ,5 ° do CD. Destaque para o pequeno solo de bateria, riffs fazendo a harmonia e acompanhado o vocal, baixo marcando, vários guturais intensos que não ultrapassa os limites,

''Exteriorem''
É a que fecha com chave de ouro, apenas aquele violão erudito e que diz ‘dever cumprido’.

A primeira escuta ele pode não agradar os fãs mais conservadores, que gostam da bandas clássicas como o Death, que agradou e agradará mais ainda pessoas que querem ouvir. Metacrose traz algo mais bem trabalhado, mais técnico, arranjos bem feito, seus riffs melódicos, músicas progressivas que mostraram claro a influência de bandas de Power, Progressive Metal, e que pouco se vê no Death Metal. É uma grande banda, é um grande trabalho de mais uma banda brasileira. Eles ousaram em tudo, e fizeram um grande disco, suaram anos para fazê-lo, e não deve ser descartado a primeira escuta. Arte do disco, as musicas e participações, disco em alto nível.

Vinicius Laurindo (Vocal)
Israel Rêmora (Guitarra),
Thiago Bandeira (Guitarra e violões)
Marcos Meireles(Baixo)
Demetrius Pedrosa (Bateria)

Contato:
http://metacrose.com.br/
https://www.facebook.com/Metacrose-205564549463952/
https://www.facebook.com/likepressrtv/?ref=ts&fref=ts

Resenha por: Vinicius Augusto
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About Pedro Hewitt

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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