Review CD: Apoteom - Alienation

Apoteom, banda de Santa Maria formada por: Pedro Ferreira (Vocal/Guitarra), André Gonçalves (Guitarra/Backing vocal), Mauricio Dorneles (Baixo/Backing vocal), Pablo de Castro (Bateria), que lançaram recentemente o álbum ''Alienation''.

A primeira faixa do álbum se inicia com uma bateria e guitarra ate que fazendo um bom trabalho de se agradar, bom riff que se adapta a uma boa batida, surgindo umapegada intensa. Surge logo após o vocal, que sejamos francos, o vocal não foi de se agradar realmente, pois o inglês não convence, deixa um certo tédio e há partes que ele meio que se enrola cantando. No mesmo possui também elementos sinfônicos, que mesmo com um vocal ‘’meia boca’’, aparece o backing vocal na base gutural que acaba me convencendo a prosseguir normalmente as faixas, muito melhor ate que o vocalista no momento, as guitarras atrás solando com um wah-wah, e depois uma parte bem dissonante, lembrando muito o que Andréas Kisser fez em uma época do Sepultura.
Parte do instrumental não decepciona tanto, solo rápido da guitarra (Em um determinado momento me lembrou um ‘’tema de videogame), mas ate que os bons elementos sinfônicos novamente aparecem para evidenciar sua devida clareza. Com tudo isso ainda pode se destacar o ponto forte que foi as letras e o peso sem exagero da bateria.

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‘’Social Contract’’ começa uma musica bastante pesada, vocal sem comentário. Ele ate melhora no refrão, fica até audível, remete até um pouco de Stone Sour (Por possuir músicas parecidas) por serem mais melódicas, ainda temos o baterista arrasando, usando e abusando do ‘china’, backing vocals bem feitos e alinhados da maneira certa. Na metade, a guitarra fica só, e aparece o baixo, e a bateria continuando o peso. Logo depois o solo que não fica tão alto na mixagem, então a bateria toma de conta e ‘’bam dus tis’’.
Na terceira musica simplesmente me surpreendeu. Uma batida percussiva, um violão com uma levada flamenco, baixo “swingado”, que cheguei ate rever o cd se não tinha colocado o errado. E quando se menos espera o METAL aparece. Inacreditável! Meio que desnecessário no momento, sem mais. Na parte metal ate é boazinha, vem ate um gutural fazer o resgate da música, mas não consegue algo mais alto. Para a musica titulo do álbum é da forma que possa imaginar. Não convence. Precisa de algo mais.

‘’Welcome to Insanity’’ é a faixa mais “metal” de todo álbum, bateria, baixo, guitarra finalmente se encontram de vez, vocal se sai bem finalmente, o baixo fica fazendo linhas iguais as anteriores sem sair do timbre ideal, bateria abusando do china mais uma vez (Ficou legal), e com batidas incríveis. Quando se pensa que o vocal pode fazer um bom trabalho, não mostrou ainda o suficiente.

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Já ‘’Rise’’ começa ate mais convincente, mas dessa vez foi a guitarra deixa a desejar. Fazendo alguns riffs que são totalmente desnecessários e que não deviam estar ali. Chega uma parte melódica que se quebra. coisa muito feita no álbum, querem inovar demais (Assim como muitas bandas de Alterna Metal da atualidade, mas não, eles não são desse gênero). Ou seja, a banda tem potencial pra fazer algo bem feito, mas existem detalhes que podem ser substituídos, então isso pode ser feito no decorrer do tempo. ‘’Fake’’ começa com uma distorção bem “Grave digger”. Vão indo bem ,as primeiras palavras gutturais já dão um saldo positivo, mas já fica bem enjoativa ,mesmo bem Heavy , com backing vocals “ensinando” o ‘’vocalista’’ a cantar (Sem querer ofender). De 0 a 10, nota 7 pra essa faixa.

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A “Extinction”, penúltima musica. É por sinal muito mais trabalhada, bem pesada, bateria explorando bastante a china e os pratos que rodeiam Pablo. O Gutural bem simples, depois Pedro meio que se enrola na letra cantando muito apressado, mas tudo bem, os riffs tomam de conta dando umas pitadas básicas e que é um ‘’psiu’’ para uma bateria mais ‘gostosa’ de se ouvir, dando um ênfase bastante para a música.
A ultima, “Old school” feito de uma maneira mais ‘’pitada aqui...pitada ali’’ nas partes completas dos instrumentais, só que de uma hora pra outra a guitarra se ‘’empolga’’ e acaba soando estranho por motivos que não consegui detectar firmemente. A letra fala “The amplifiers on fire...” ; “The drummer helps you to freak out...” da pra saber do que ela se trata. Não é uma faixa ruim, mas poderia ter sido bem ajustada.

A banda foi forte em alguns pontos como : Bateria (Principalmente), guitarra e as letras. Fracos no vocal,e em colocar alguns riffs ,licks de guitarra onde exageraram, e até o violino. Forçaram demais na faixa titulo, onde deveria ser mostrada a força da banda. Ainda podem ser uma banda realmente boa se souberem aonde colocar um riff ou um violino numa parte da musica, a cantarem com mais organização.
A banda tem um futuro brilhante, mas muitos ‘’buraquinhos’’ ainda precisam ser tampados.
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About Fábio Pitombeira

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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