[caption id="attachment_12283" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12284" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12285" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12286" align="alignnone" width="550"]
O Rio Grande do Norte, não apenas Natal, tem crescido em quantidade e qualidade de bandas a olhos vistos nos últimos anos. Essa arrancada se dá em diversos estilos, nos mais pesados também. Os potiguares do Kataphero buscam um diferencial dentro da vertente metálica agregando um forte aparato cênico (favor não confundir com Maldita), um som intenso, que pode levar primeiramente o ouvinte a um cruzamento entre NIN e Hammstein (?!), mas é pura ilusão auditiva. Mesmo sonoramente o Kataphero procura aquele “algo mais”, pra correr pra longe do gueto. Sabendo que não vai gastar nem doer, usam a inteligência a seu favor.
[caption id="attachment_12287" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12288" align="alignnone" width="550"]
Muita gente ao longo da semana me perguntou quem eram os americanos do Fang. Se eram novatos, se eram a mesma coisa de Red Fang (outra excelente banda, mas nada a ver no contexto). O Fang é uma banda de punk rock californiana, vinda de São Francisco (assim como os Dead Kennedys), bastante ativa no noroeste do pais (SF-Portland-Seattle) nos últimos trinta anos e que tem fãs tão ilustres quanto Billie Joe Armstrong (Green Day), Mark Arm (Mudhoney) e Kurt Cobain (vocês sabem quem). Um show excelente, esbanjando energia por parte dos músicos e presença de palco do vocalista Sam “Sammytown” McBride. Os bons apreciadores do estilo com certeza se sentiram premiados em ter a oportunidade de presenciar um show dessa lenda viva do punk da costa oeste americana.
[caption id="attachment_12290" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12291" align="alignnone" width="550"]
Aos 20 anos de carreira os brasilienses do DFC cuspiram fogo pra cima da platéia do APR durante 50 minutos de puro apocalipse. Uma montanha de lenha que inaugurou de vez a clássica “roda” da platéia do festival. Músicas de todos os (muitos) discos do DFC, acompanhadas pelo público ensandecido. Um dos grandes nomes do hardcore de qualquer cena (brasiliense, brasileira, sulamericana, etc), tem seu nome gravado como referência pra gerações futuras de moleques que vão dar continuidade à bagaceira sonora.
[caption id="attachment_12292" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12293" align="alignnone" width="550"]
Comemorando 25 anos de banda e há doze longe dos palcos do APR, Devotos, a banda mais querida do HC pernambucano fez um show com cara de festa popular, assim como um São João em Caruaru ou um jogo do Santinha no Arruda. Com imagens de fundo retratando matérias da banda na imprensa, cartazes de shows e matrizes das artes dos discos, Canibal, Neilton e Cello Brown comandaram o carnaval punk no APR. Impossível fugir do jargão: é do caralho! Sempre!
[caption id="attachment_12294" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12295" align="alignnone" width="550"]
Confesso aqui que minha única curiosidade em ver os Dead Kennedys sem Jello Biafra era saber como Ron “Skip” Greer fazia pra tentar substituir um dos frontman mais explosivos que o rock em geral tem notícia. Ele nem tenta. Ou tenta: imita os trejeitos (em bom nosdestinês, as “mungangas”), os contorcionismos e as mimicas de Jello, mas nada. Klaus Fluride, East Bay Ray e DH Pelligro até que estão em forma e descem do palco pros afagos na platéia ao final do show. O set é só de clássicos: “Forward to Death”, “Police Truck”, “Let's Linch the Landlord”, “Kill the Poor”, “California Übber Alles”, “Moon Over Marine”, “Nazi Punks Fuck Off”, “MTV Get Off the Air” e ainda conseguiram fazer um bis, dentro dos 50 minutos dados espartanamente à cada banda, com “Holiday in Cambodja”. Pra contar pros filhos e netos. Um adendo: Os Kennedys tocaram com parte do backline, incluindo baixo e guitarra, cedidos pelo DFC e Fang, pois a companhia aérea não soube dizer onde foram parar os do grupo. Imagina na Copa!
[caption id="attachment_12296" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12297" align="alignnone" width="550"]
O Krisiun já entrou em campo na sequência, pra não deixar a peteca cair. Banda que se supera a cada disco, quando muitos diziam que eles se esgotariam dentro do estilo, os irmãos Kolesne tem larga experiência em festivais desse estilo, dentro e fora do país. Colecionam também uma quilometragem e um respeito entre produtores, bandas menores e imprensa, sem deixar que tanta estrada lhes suba à cabeça. Material de todos os trabalhos da banda e de quebra uma versão de “No Class” (Motörhead), dedicada à comunhão das diversas tribos dentro do festival.
[caption id="attachment_12298" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12299" align="alignnone" width="550"]
A festa ia longe e bem divertida quando os alemães do Sodom resolveram atrasar sua entrada. O público logicamente não gostou nada e começou uma ruidosa gritaria, acompanhada de uma chuva de latas e garrafas plásticas que só não atingiram o palco por conta da cortina usada pela produção para facilitar as trocas de backline, mas os seguranças, que já vinham levando “cangapés” desde o show do Fang, viram a coisa realmente engrossar. Com quase vinte minutos de atraso, Tom Angelripper, vestindo uma camiseta dos conterrâneos do Tankard, finalmente deu início a um show muito alto (em volume de som) e até certo ponto embolado (em qualidade de som). A equipe técnica do Sodom parece carregar um manual de como fazer um show do Motörhead, pois desde o exagero nos decibéis ao emaranhado sonoro (boa parte dele vindo do baixo de Angelripper) lembram, da pior maneira possível, Lemmy e cia. Mas o Sodom passou em revista por seu vasto repertório, dando enfase ao EP “In The Sign of Evil”, seguramente seu trabalho mais conhecido em terras tapuias. Achou estranho o Krisiun mandar um cover? Pois o Sodom também fez um: “Surfin' Bird”, dos Trashmen/Ramones/Cramps/mais um milhão de versões. Não entendi o contexto, acho que algo ligado a “Apocalipse Now” e a imagem beligerante que o Sodom explora nas artes de seus discos, mas...vai que cola, né?
[caption id="attachment_12300" align="alignnone" width="550"]
[caption id="attachment_12301" align="alignnone" width="550"]
O ex Viper (ex? Fiquei na dúvida), ex Angra, ex Shaman mas ainda carreira solo André Matos fechou a edição 2013 do APR. Não fiquei pra ve-lo mas ele não deve ter sentido minha falta nem de boa parte do público que saiu de fininho, a julgar pela quantidade de meninas e rapagões com camisetas de suas ex bandas. Tem seu público, logo, tem seu lugar. E eu pra casa.
0 comentários :
Postar um comentário