- Para os leitores do site FullRock que não conhecem o trabalho de FAEL RAMOS, poderia descrever os principais pontos da sua carreira até aqui?
- Toquei com nomes como Thomas Lindall (NOR) fundador da banda Theatre of Tragedy, Dico Las Casas, Roberto Tauffic, Ticiano D'Amore, Alan Persa, 2Polos, Nabil Hazbun (PAL), Derek Sherinian (EUA) que gravou teclados no meu primeiro álbum solo, Christian Cunha (POR), Daniel Bautista (ESP), Orquestra Sinfônica da UFRN, entre outros... e tudo isso moldou muito meu modo ver a música e também minha forma de compor.
- “The Theory of Me” é o seu novo álbum e foi lançado de forma independente, como ele vem sendo recebido até aqui?
- A reposta vem sendo positiva e o nicho que está atingindo mais tem sido países da Europa (Bélgica, Holanda, França...) e EUA.
- Um ponto que salta aos olhos no álbum, é que você optou por músicas instrumentais para passar a sua mensagem, algo pouco usual para bandas de Rock e Metal. Por qual razão você resolveu seguir por este caminho?
- Sempre achei que os instrumentos podem comunicar ideias tão bem quanto letras e vozes. E também tem um quê de subjetividade no ouvinte que gosto também.
- O Som de FAEL RAMOS é difícil de ser rotulado, mas eu consegui enxergar similaridades com o Progressivo. Você concorda com tal afirmativa? Caso não concorde, como você se definiria?
- 100% progressivo, com influências da música orquestral e da música brasileira.
- Particularmente gostei bastante de “O Milagre da Chuva”, pois ela meio que sintetiza o que temos em todo o disco. Como vem sendo a aceitação dele com o público, e quais do material vem sendo mais pedidas nos shows da banda?
- Ela e a faixa título são as mais ouvidas e pedidas atualmente. Mas a minha preferida ainda é a “The Poet and the Dreamers”.
- A produção do CD é outro fator importante, o que você pode nos dizer sobre o processo de produção de “The Theory of Me”?
- Como gravo todos os instrumentos em casa, acabo preferindo fazer tudo sozinho... assim o projeto tem todo o meu foco. Mas as participações especiais e amigos músicos e produtores são meu termômetro de qualidade após finalizar as faixas.
- Confesso que demorei muito para entender a proposta musical, este tipo de afirmativa tem chegado ao seu conhecimento através de outras pessoas? Quais referências musicais você busca no momento de compor as canções?
- Música instrumental é algo subjetivo para o ouvinte e não tão comum na grande mídia. Esse estranhamento inicial é bem normal mesmo. Minhas referências como compositor são Neal Morse (o Deus do progressivo) e compositores de música orquestral (Beethoven, Brahms, Debussy...) e trabalham motivos melódicos e estruturas de forma sublime.
- Recentemente recebi o produto digital e fiquei de queixo caído com a arte da capa. Como ela é muito subjetiva, teria como nos ajudar a compreendê-la?
- Theory of Me é uma teoria (em 2 partes) do George H. Mead e o “Me” é a parte do ser humano que é influenciada pelo meio em que vive, aí a ideia da capa é ter a mão que me representa sendo rodeada por prédios e baquetas (o meio em que vivo).
- Quais os seus planos para um futuro próximo? Um novo álbum já está sendo composto? Pretende seguir o mesmo direcionamento musical?
- Pretendo seguir com a divulgação e apresentações ao vivo desse novo trabalho, mas já estou criando e gravando ideias que aparecem... é importante não sufocar as ideias e sempre dar um destino a elas.
- Obrigado pelo tempo cedido para a equipe da Fullrock, é chegado o momento das considerações finais…
- Obrigado pelo espaço e espero que mais ouvintes entrem nesse nicho da música instrumental, que é tão vasto e rico, mas pouco difundido nas grandes mídias.
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