Entrevista - Psychotic Apes

 

- Para os leitores do site FullRock que não conhecem o trabalho da PSYCHOTIC APES, poderiam descrever os principais pontos da carreira de vocês até aqui?

R – A banda foi criada no fim de 2019, às vésperas da pandemia. De forma independente, lançamos nosso primeiro álbum, autointitulado, em maio 2021 (lançado também em vinil). Nesse mesmo ano, conseguimos um financiamento pela Lei Aldir Blanc para a gravação do EP “Lifetime”, lançado em setembro daquele mesmo ano e também do videoclipe para a música “Lighthouse”. Esse clipe figurou como finalista em vários festivais pelo Brasil. 

No ano seguinte, lançamos nosso segundo álbum  “A New Lifetime”, pelo selo Eletric Funeral Records.

A música “Under the Dusk”, desse álbum, foi uma das finalistas do Festival MPB 84, sendo executada ao vivo pela banda no primeiro dia do festival, na Arena das Dunas. O videoclipe dessa faixa também concorreu em vários festivais nacionais. 

 Com a mudança de vocalista, em 2023 foi lançado um EP com releituras, chamado “Reinventing the Shadow”. Durante esse tempo, tocamos em alguns festivais de importância local, como o Festival Garagem de Rua e o Festival Rock Reeira, além de eventos públicos como o carnaval e o Natal em Natal. Esse ano lançamos nosso terceiro álbum, “Marakatus”, pelo selo MS Metal Records. 

- “Marakatus” é o novo álbum da banda e foi lançado pela Alternative Music, como ele vem sendo recebido até aqui

R – O feedback tem sido muito positivo até aqui. Tanto por parte da crítica, quanto por parte do público em geral. Na minha opinião esse é um disco mais coeso, mais direto e também mais pesado, comparado ao nosso material antigo. Também, a voz de Pablo (nosso novo vocalista) trouxe um ingrediente a mais ao trabalho. 

- Um ponto que salta aos olhos no álbum, é que vocês optaram pelo inglês para passarem as suas mensagens, em detrimento do português, algo pouco usual para banda de Rock ou Metal. Por qual razão resolveram seguir por este caminho?

R – Pensamos que em inglês poderíamos atingir um público mais amplo, internacionalmente falando. Não é tão incomum assim nesse nicho, a exemplo de outras bandas brasileiras que também optaram por esse caminho, como Sepultura, Viper, Angra, Dr. Sin, e tantas outras.

- O Som da PSYCHOTIC APES é difícil de ser rotulado, mas eu consegui enxergar similaridades com o Alternative Rock. Vocês concordam com tal afirmativa? Caso não concordem, como vocês se definiriam?

R – Concordo que temos muita influência de rock alternativo, em especial o grunge dos anos 90. Também concordo quando você diz que nosso som é difícil de rotular. Conscientemente posso dizer aque há nele, metal, hard rock, grunge e elementos de música brasileira. Mas, inconscientemente, sabe-se lá o que há mais ali rsrsrs.

- Particularmente gostei bastante de “Get Out”, pois ela meio que sintetiza o que temos em todo o disco. Como vem sendo a aceitação dele com o público, e quais do material vem sendo mais pedidas nos shows da banda?

R – Get Out é, sem dúvida, uma das minhas preferidas e está no nosso set list. Ela começa com um dedilhado melancólico e uma harmonia vocal, ao estilo Alice in Chains (grande influência pra nós!) e depois explode num maracatu de baque virado e guitarras pesadas. 
Outras faixas do álbum mais pedidas pelo público são Boomers e Dying Soul.

- A produção do CD é outro fator importante, o que você pode nos dizer sobre o processo de produção de “Marakatus”?

R – Esse álbum levou mais tempo que os anteriores para ficar pronto. No processo, tivemos uma maior participação dos membros da banda, todos contribuíram com ideias para os arranjos finais das músicas etc. Depois que as músicas estavam definidas, fomos ao estúdio. Gravamos a bateria no Estúdio Mente Aberta, em Santa Cruz-RN, cerca de 150km de Natal. Paulo (Medeiros), dono do estúdio, além de produtor, é também baterista. Foi ele quem mixou e masterizou o álbum. O restante, gravamos no meu home studio.

- Confesso que demorei muito para entender a proposta musical de vocês, este tipo de afirmativa tem chegado ao conhecimento de vocês através de outras pessoas? Quais referências musicais vocês buscam no momento de compor as canções da PSYCHOTIC APES?

R – Sim, muita gente tem essa mesma dificuldade. Basicamente tentamos fazer um som pesado, com um pé nos anos 90 e envolto em ritmos regionais.

- Recentemente recebi o produto digital e fiquei de queixo caído com a arte da capa. Como ela é muito subjetiva, teria como nos ajudar a compreendê-la?

R – A capa é uma referência direta ao título do álbum e apresenta o gorila, nosso mascote, tocando uma alfaia  (instrumento típico do maracatu) num manguezal.

- Quais os planos da banda para um futuro próximo? Um novo álbum já está sendo composto? Pretendem seguir o mesmo direcionamento musical?

R – No momento, queremos fazer o “Marakatus” chegar o mais longe possível. Queremos tocar em outras cidades, participar de festivais e trabalhar em toda divulgação possível. Depois, sim, chegará a hora de trabalhar no nosso quarto registro.

- Obrigado pelo tempo cedido para a equipe da Fullrock, é chegado o momento das considerações finais…

R – Só temos que agradecer pelo espaço e avisar aos que ainda amam mídias físicas que “Marakatus” também está disponível em CD. Quem tiver interesse, é só entrar em contato pelo Instagram da banda @psy.apes. Aproveitem para conhecer nossas redes sociais e nosso canal do YouTube, tem muito conteúdo legal por lá.

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About Pedro Hewitt

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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