terça-feira, 15 de abril de 2025

Entrevista - Gatos Feios


- Para os leitores do site FullRock que não conhecem o trabalho da GATOS FEIOS, poderiam descrever os principais pontos da carreira de vocês até aqui?

Bom, a Gatos Feios é uma banda que ainda busca seu lugar ao sol (e à sombra também, que ninguém é de ferro). A gente é formado por trabalhadores — tem professor, pessoal de TI, torneiro mecânico, operador... Enfim, a vida não é só palco e aplauso, não. A banda banca seus próprios projetos, na raça mesmo! Em 10 anos de estrada já tocamos com nomes como Capital Inicial, Velhas Virgens, Supla, Golpe de Estado, e por vários estados e cidades do Brasil, sempre levando nossas músicas autorais e alguns covers que ajudam a contar nossa história. E agora estamos vivendo um dos pontos altos: o lançamento do nosso novo álbum com 10 músicas inéditas! Só digo uma coisa: aguardem!

- “No Bar Todo Mundo é Amigo” é o último single da banda e foi lançado de forma independente. Como ele vem sendo recebido até aqui?

Ela foi relançada recentemente numa versão turbinada, com banjo e outros temperos sonoros que deram uma nova cara pra música. A primeira versão foi gravada com o gigante Rafael Nery, no nosso primeiro EP. Ambas estão disponíveis nas plataformas digitais. Mas se quiser conhecer nosso som mais atual, escute o nosso último EP “Não Mais Uma Carta”. Tá fino, tá sincero!

- Um ponto que salta aos olhos no single é que vocês optaram pelo português para passarem as suas mensagens, em detrimento do inglês, algo pouco usual para bandas de Rock/Metal. Por qual razão resolveram seguir por este caminho?

A escolha foi pela comunicação direta com o nosso público. O português é uma língua linda — desafiante de se encaixar no rock ou no heavy metal, mas maravilhosa. E a letra, pra gente, é parte essencial da música. Queremos que as pessoas entendam, sintam, reflitam. Dá uma olhada em faixas como “Não Sou Mais Uma Carta”, “Destino de Um Qualquer” ou “O Que Venha Ser”. Tem verdade ali!

- O som da GATOS FEIOS é difícil de ser rotulado, mas eu consegui enxergar similaridades com o Alternative Rock. Vocês concordam com tal afirmativa? Caso não concordem, como vocês se definiriam?

Pode chamar de Alternative Rock, pode chamar de mexidão! Somos tipo uma vitamina sonora: tem punk rock, rockabilly, jovem guarda, country, indie rock e, claro, o bom e velho rock brasileiro. O que acharmos bom e interessante, a gente bota no caldeirão. Quem sabe no próximo álbum a gente não mete um reggae ou até um rap? Nunca diga nunca! kkkkkk

- Particularmente gostei bastante de “Nome ou Religião”, pois ela meio que sintetiza o que temos na carreira discográfica de vocês. Como vem sendo a aceitação dela com o público, e quais dos singles vêm sendo mais pedidas nos shows da banda?

“Nome ou Religião” é uma música sobre fé sem rótulos. Acreditar no bem, fazer o certo, respeitar o próximo, sem precisar de carteirinha de nenhum clube religioso. A aceitação está sendo ótima — muita gente se identifica com essa mensagem. Nos shows, além dela, músicas como “Destino de Um Qualquer”, “Não Sou Mais Uma Carta” e “O Que Venha Ser” costumam levantar a galera!

- A produção dos singles é outro fator importante. O que você pode nos dizer sobre o processo de produção da banda quando entra em estúdio?

Acabamos de finalizar um álbum completo, com 10 faixas que passeiam do punk rock à la Bad Religion e Green Day (do jeitinho que a gente gosta), mas sem esquecer da brasilidade que vem do berço. Tem reggae, ska e até uma baladinha — que é novidade na nossa discografia. O estúdio é tipo nossa cozinha: a gente mistura ingredientes e vai provando até achar o tempero certo.

- Confesso que demorei muito para entender a proposta musical de vocês. Esse tipo de afirmativa tem chegado ao conhecimento de vocês através de outras pessoas? Quais referências musicais vocês buscam no momento de compor as canções da GATOS FEIOS?

Ah, sim! Muita gente diz isso — e tudo bem! A gente é um pouco caótico mesmo (no melhor sentido). Tem uma salada de referências: Green Day é unanimidade na banda, junto com Bad Religion, Nirvana, Rancid, Ramones, Flicts, Dead Fish, Weezer, CPM 22, Charlie Brown Jr... E aí tem as pitadas pessoais, como o Leon, nosso vocal, que é doido por Elvis, Beatles, Stray Cats, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis... Isso tudo acaba refletindo nas composições. É coisa de maluco? Talvez. Mas é honesto.

- Recentemente recebi o produto digital e fiquei de queixo caído com a arte da capa de “Destino de Qualquer Um”. Como ela é muito subjetiva, teria como nos ajudar a compreendê-la?

Rapaz, a capa é um gramofone... e quer saber? Não tem uma explicação filosófica, não. A gente achou a figura estilosa, bonita e que daria uma bela camiseta! Às vezes a arte fala por si, né? kkkkkk

- Quais os planos da banda para um futuro próximo? Um álbum já está sendo composto? Pretendem seguir o mesmo direcionamento musical?

O álbum tá no forno, quentinho, quase saindo! Nosso plano é rodar o Brasil inteiro e, quem sabe, a América Latina. O sonho, uma turnê europeia, mas vamos com calma. Um passo de cada vez, sempre com fé e atitude. E com a ajuda da MS Metal, quem sabe esse sonho vira realidade logo!

- Obrigado pelo tempo cedido para a equipe da Fullrock, é chegado o momento das considerações finais…

A gente que agradece, de verdade! A Gatos Feios é uma banda de rock, rock brasileiro e cantado em português. Uma banda que canta a vivência do cidadão comum, com suas alegrias e frustrações. Temos algo a dizer, algo a dividir. Ouçam nossas músicas nas plataformas digitais — e se gostar, compartilha com os amigos (e até com os inimigos, que música boa quebra até ranço!).

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