- Para os leitores do site FullRock que não conhecem o trabalho da MORKALV, poderiam
descrever os principais pontos da carreira de vocês até aqui?
Acredito que os pontos mais importantes na nossa carreira com a Mørkalv foi o lançamento do
primeiro disco, em junho de 2023. Foi o resultado de muito esforço, independente e de nós
mesmo fazendo absolutamente todos os processos desde as composições até todo o processo
de produção, etc. Fizemos também em Maio/2024 uma turnê pelo nordeste onde pudemos
tocar em lugares incríveis e difundir a nossa mensagem.
- “An Ancient Cult to the Aesir” é o primeiro álbum da banda e foi lançado de forma
independente, como ele vem sendo recebido até aqui?
Sim, é o primeiro álbum. Ele tem tido uma repercussão muito positiva, até mais do que
esperávamos por estarmos geograficamente fora da rota brasileira de Metal extremo, há
pessoas com nosso disco nos quatro cantos do país e isso nos deixa satisfeitos com os
resultados que vem sendo alcançados.
- Um ponto que salta aos olhos no álbum, é que vocês optaram pelo inglês para passarem as
suas mensagens, em detrimento do português. Por qual razão resolveram seguir por este
caminho?
Acredito que seja somente pelo alcance de público de fora, não que o português não tenha,
mas em inglês você é ouvido e entendido em qualquer lugar do mundo, a Mørkalv é um
trabalho a longo prazo que vem tendo frutos colhidos já desde a sua concepção, não
queríamos começar em português e com o tempo ter que fazer mudanças.
- O Som da MORKALV é difícil de ser rotulado, mas eu consegui enxergar similaridades com o
Raw Black Metal. Vocês concordam com tal afirmativa? Caso não concordem, como vocês se
definiriam?
Acredito que em partes sim, nós tentamos ao máximo possível não estarmos completamente
presos numa definição fechada de estilo, a gente faz o que gosta e o que gostaria de ouvir, a
produção e independente e sem interferência externa nem na produção nem nas gravações,
então a sonoridade mais crua era esperada.
- Particularmente gostei bastante de “Odin”, pois ela meio que sintetiza o que temos em todo
o disco. Como vem sendo a aceitação dele com o público, e quais do material vem sendo mais
pedidas nos shows da banda?
Que bacana, Odin tem uma atmosfera que nós gostamos bastante também. Acredito que seja
uma das mais pedidas junto com Tyr que foi lançada antes de todas como single, então o
público e nós temos um carinho especial por ela.
- A produção do CD é outro fator importante, o que você pode nos dizer sobre o processo de
produção de “An Ancient Cult to the Aesir”?
Todos os processos de produção foram realizados por nós, desde as gravações até a pós
produção, até o disco virar o que é hoje, nós não tínhamos como arcar com os altos custos de
produção então acabamos fazendo tudo nós mesmos, então o resultado é muito satisfatório
depois de tanto esforço próprio despendido.
- Confesso que demorei muito para entender a proposta musical de vocês, este tipo de
afirmativa tem chegado ao conhecimento de vocês através de outras pessoas? Quais
referências musicais vocês buscam no momento de compor as canções da MORKALV?
Sim, como eu disse a gente busca fazer algo que nos agrade, que seja o que nós mesmos
ouviriamos e que nos agrada musicalmente, acho que há uma vastidão de referências clássicas
dos anos 90 como o Storms of the Lights Bane do Dissection, que é uma obra que
particularmente pra mim é atemporal, então buscamos fazer o que nos agrada mas
inconscientemente a gente traz pequenos elementos de inspirações pessoais como o disco
citado acima, acredito que há uma infinidade de outros pra cada membro mas particularmente
falando esse foi a minha inspiração.
- Recentemente recebi o produto físico e fiquei de queixo caído com a arte da capa. Como ela é
muito subjetiva, teria como nos ajudar a compreendê-la?
Sim, esse trabalho incrível foi desenvolvido pelo Rubens Snitram (Azoth), ele já trabalhou com
bandas gigantescas como Nargaroth, etc. E nós ficamos abismados com o resultado também,
foi toda desenhada detalhadamente a mão nos moldes Old School, então elevou a outro nível
esse material físico. Há vários elementos do disco ali, alguns deuses daquela mitologia sendo
invocados através de um culto como na faixa “ An Ancient Cult to the Aesir” que é uma espécie
de ritual, várias pessoas gritando aos deuses ao mesmo tempo, palavras de invocação e morte
e isso se materializa no fogo, como na capa do disco.
- Quais os planos da banda para um futuro próximo? Um novo álbum já está sendo composto?
Pretendem seguir o mesmo direcionamento musical?
Sim, iniciamos recentemente o processo de composição do novo disco que deve ser finalizados
até meados de Abril de 2025. Pretendemos permanecer com a nossa essência musical, onde há
variação de riffs agressivos e rápidos com melodias calmas e bonitas, essas transições são
muito importantes pra nós, acredito que haverá um amadurecimento música também, porque
agora estarão as ideias de todos na banda sendo misturadas nesse novo disco.
- Obrigado pelo tempo cedido para a equipe da Fullrock, é chegado o momento das
considerações finais…
Agradecemos demais pelo apoio a cena metal underground, que necessita de veículos de
comunicação que nos ajudem a transmitir essa mensagem sombria, agradecemos a equipe e
todos os leitores e público que nos ouvem, em breve teremos mais novidades e nos vemos na
estrada.
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