Entrevista - Etros

 

- Para os leitores do site FullRock que não conhecem o trabalho da ETROS, poderiam descrever os principais pontos da carreira de vocês até aqui?

R: Nossas carreira teve altos e baixos, como toda banda, porém acredito que o lançamento do álbum tenha sido o ponto mais alto, pois foi um álbum feito com muito suor, trabalho e dedicação, e o resultado vem mostrando que valeu demais a pena cada segundo dedicado a esse álbum. Hoje vemos pessoas nos shows cantando as músicas, e isso é muito gratificante.

- “Horizonte de Eventos” é o novo álbum da banda e foi lançado de forma independente, como ele vem sendo recebido até aqui?

R: Muito bem, até além das expectativas. Pois ele vem recebendo muitos elogios de várias formas, desde a produção, composições, letras etc. Levando muitas pessoas aos shows e muitas delas com as letras na ponta da língua.

- Um ponto que salta aos olhos no álbum, é que vocês optaram pelo português para passarem as suas mensagens, em detrimento do inglês, algo pouco usual para banda de Rock. Por qual razão resolveram seguir por este caminho?

R: Nós estamos no Brasil, o português é nossa língua nativa, achamos importante falar o idioma de onde estamos, até pra que a compreensão do público seja mais fiel ao que as letras dizem, sem margem para dúvidas, mas sim, é um grande desafio fazer esse tipo de som em português, porém vemos isso como mais um desafio, o que torna ainda mais gratificante o ótimo resultado das nossas músicas

- O Som da ETROS é difícil de ser rotulado, mas eu consegui enxergar similaridades com o Rock nacional dos anos 80. Vocês concordam com tal afirmativa? Caso não concordem, como vocês se definiriam?

R: Nós tentamos não nos apegar muito aos rótulos, pois temos influências diversas e de todas as épocas, mas nossas maiores influências estão sim nos anos 80 e 90, e essa grande mistura de influências é o que faz nosso som ser bem característico, e faz as pessoas reconhecerem já como o estilo Etros, e acredito que essa dificuldade em rotular é uma coisa boa, pois mostra que mesmo com as influências, conseguimos criar nosso próprio estilo.

 - Particularmente gostei bastante de “Consciente Vivo”, pois ela meio que sintetiza o que temos em todo o disco. Como vem sendo a aceitação dele com o público, e quais do material vem sendo mais pedidas nos shows da banda?

R: Consciente vivo realmente mostra a cara do álbum, é uma música forte e cheia de energia. Mas algo muito legal, é que não tem só uma música chamando a atenção, já nos disseram que gostaram muito de Efeito moral, Quisera eu, Horizonte que dizia, Calabouço, Alívio da tragédia, Fábula de um pensador, enfim, cada música tem sua história e sua energia, fazendo com que o álbum tenha uma grande aceitação por parte do público.

 - A produção do CD é outro fator importante, o que você pode nos dizer sobre o processo de produção de “Horizonte de Eventos”?

R: a produção foi bem trabalhosa, mas prazerosa também, pois ver o álbum nascendo é algo indescritível. Fizemos a captação no estúdio Fusão, sob a supervisão do Douglas Neves, e toda pós produção, realizada pelo produtor e nosso amigo Siro Sousa, que conseguiu captar perfeitamente toda a atmosfera presente nas músicas e no álbum como um todo, deixando o álbum com um resultado final impecável.

- Confesso que demorei muito para entender a proposta musical de vocês, este tipo de afirmativa tem chegado ao conhecimento de vocês através de outras pessoas? Quais referências musicais vocês buscam no momento de compor as canções da ETROS?

R: Nossa proposta é algo relativamente simples, com músicas diretas, pesadas e cheias e energia, mas com melodias inclusas no meio de tudo isso, mas acredito também que a música, assim como qualquer arte, precisa haver liberdade como algo importante, podendo fazer essas misturas, e sem uma regra exata a seguir. As músicas nascem na maioria das vezes com os riffs ou melodias na guitarra, por vezes pesados, por vezes mais melódicos, mas sempre com muita intensidade e sinceridade.

- Recentemente recebi o produto digital e fiquei de queixo caído com a arte da capa. Como ela é muito subjetiva, teria como nos ajudar a compreendê-la?

R: O Horizonte de eventos, pra quem não sabe, é o ponto de não retorno diante de um buraco negro, nossa ideia é que esse álbum seja justamente como esse ponto, em que a partir dele, seja um caminho certo pra se fazer parte da nossa grande família chamada Etros, assim como qualquer coisa que ultrapasse o Horizonte de eventos, inevitavelmente fará parte do buraco negro.

- Quais os planos da banda para um futuro próximo? Um novo álbum já está sendo composto? Pretendem seguir o mesmo direcionamento musical?

R: No momento estamos trabalhando bastante na divulgação do álbum, inclusive com a parceria com a MSMetal, fazendo alguns shows e marcando presença em eventos musicais de forma geral, pro ano que vem, queremos levar o show do álbum a novos lugares, levando a energia do show e das músicas ao máximo de pessoas possíveis, mas sim, em paralelo a isso, já estamos trabalhando em novas músicas, pro álbum que será o sucessor do Horizonte de eventos.

- Obrigado pelo tempo cedido para a equipe da Fullrock, é chegado o momento das considerações finais…

R: Agradeço a entrevista e por ouvirem nosso trabalho, desejo sempre todo sucesso a vcs, e espero um dia fazer essa entrevista ao vivo é conhecer todos vcs. Nosso desejo é que esse álbum chegue o mais longe possível, que as pessoas tenham a oportunidade de interpretar as  músicas a sua maneira, que as mensagens possam ajudar e mostrar, que não importa a dificuldade, sempre existe alguém que também passa por algo parecido, e que isso traga conforto ao coração das pessoas sempre.

E pra quem ainda não nos conhece, basta procurar nas redes e plataformas por Banda Etros Oficial.

Muito obrigado.