MAKE ROCK PRODUÇÕES: Além do Palco... desvendando os acordes e desafios da produtora

Adentre nos bastidores da Make Rock Produções, uma produtora teresinense que se destaca no cenário musical. Nesta entrevista exclusiva, exploraremos a trajetória desde os primeiros acordes até os grandiosos eventos, como o Metal PI Fest. Conheça os desafios superados, lições aprendidas comparando-se a produtoras do passado e desvende os planos futuros. Com nuances de polêmicas e superações, a Make Rock revela sua visão ousada, marcando uma página muito importante para a cultura, com as palavras do CEO, Júnior Vieira.

Pedro Hewitt – Em um universo musical repleto de desafios, a Make Rock Produções surge como uma força motriz que transcende as barreiras do convencional. Desde sua concepção, a produtora tem trilhado um caminho singular, impulsionada pela paixão pela música e a determinação de criar experiências memoráveis para o público. Como surgiu a ideia de criar a Make Rock Produções e qual foi o ponto inicial que impulsionou o projeto?
Junior Vieira: Cara, se eu te falar que a produtora surgiu por uma necessidade! (Risos). No final do ano de 2022 estava lançando um trabalho novo pra tocar na noite, uma banda de Blues Rock que se chamava Búfalos Rock. Procurei algumas casas para poder fechar shows e precisava de uma banda pra chamar público, eu não queria colocar a Megalomania (Ozzy Osbourne e Black Sabbath Cover), daí pensei; ‘’eu preciso de algo pra chamar o público para esse show de estreia da Búfalos Rock’’. E me veio a ideia de fazer a Lady Evil, que é um tributo ao Black Sabbath, porém interpretamos a fase do Dio. Eu percebi que podia vender um evento ao invés de um show, tendo em vista que seriam duas atrações novas. Como a casa cobrava couvert e eu precisava vender antecipado pensei novamente; ‘’cara, como que eu vou fazer pra vender ingresso antecipado sem uma reapresentação?’’. Daí surgiu a Make Rock! Surgiu por uma essa necessidade, de ter algo pra poder produzir o show de lançamento de uma das minhas bandas. Com isso veio um start e eu vi que ao invés de vender meu trabalho para as casas e pubs, porque não vender o show diretamente pro público?

A Make Rock surgiu disso e quem deu nome para a produtora foi minha esposa Maria Eduarda.

Pedro Hewitt – O Metal PI Fest, consolidando-se como um bom nome no cenário musical, é resultado da ousadia e visão estratégica da Make Rock Produções. Ao lançar-se na empreitada de criar um festival próprio, a produtora almejava não apenas oferecer um espaço para a exibição de talentos locais, mas também alçar voos internacionais. A decisão de apresentar uma banda internacional já na segunda edição não foi apenas uma escolha ousada, mas uma afirmação do compromisso da Make Rock em proporcionar ao público experiências únicas e transcendentais, elevando o Metal PI Fest a um patamar bem audcaioso. Nesta perspectiva, a iniciativa reflete não apenas a busca pela diversidade musical, mas também a ambição de posicionar Teresina no mapa internacional do cenário metal. Como foi a iniciativa para criar esse festival e o que motivou a escolha de trazer uma banda internacional na segunda edição?
Junior Vieira: Cara, foi muito louco essa experiência, até porque eu tinha planejado o Metal Pi Fest para o ano de 2024, mas acabou que eu conheci Edu Lane (NervoChaos) e ele me propôs trazer a Eureka Tour que contou com NervoChaos, Goatburner, Sodoma e Test  para Teresina.

Isso meio que caiu como uma luva porque eles já tinham data fechada em Parnaíba no dia 23 de novembro, e dia 24 estava livre, a próxima data que eles iriam fazer show era dia 25 em São Luis e automaticamente eles iriam passar por Teresina, então eu achei uma ótima oportunidade para se realizar a Primeira Edição do Metal PI FEST!


Pedro Hewitt – O que pode compartilhar conosco algumas experiências marcantes durante as edições do Metal PI Fest, especialmente na apresentação da banda internacional e outras renomadas bandas nacionais? Além do mais, foram duas edições distintas em dois lugares totalmente diferentes.
Junior Vieira: Foi uma experiência muito agradável, apesar de que teve contratempos na pré produção, coisa normal que as vezes acontecem, mas no final tudo rolou muito bem e a receptividade do público foi legal!

O Metal PI Fest vai continuar fazendo o seu papel, que é trabalhar de formar profissional com o objetivo de pluralizar isso cada vez mais a todos que trabalharem junto com a produtora!

Pedro Hewitt – Você, Junior Vieira, CEO da Make Rock Produções teve diversos contatos por meio de outros projetos paralelos e trabalhos externos. Como essas experiências podem contribuir para o crescimento e reconhecimento da produtora a partir de então?
Junior Vieira: Cara, isso foi decisivo! Por que pensar como músico, pensar como direção de palco, pensar como técnico de palco, pensar como roadie e pensar como público é muito importante pra conseguir chegar a um resultado plausível e que fique linear para todos os envolvidos do evento. Então essa experiência que trouxe das minhas bandas, de ter tocado em festivais de todas as dimensões e de trabalhar em festivais como produção, faz com que a Make Rock tenha uma diferença de visualização de como funciona todos os setores, tornando isso algo mais fácil de conduzir, pois temos a percepção de necessidade de todos os setores entende? Não é só um cara se aventurando nessa área tipo, “vou abrir uma produtora e vou ver no que vai dar”. Eu estive e estou dentro de todos os setores, tanto em cima do palco tocando como artista como também na produção direta e indireta, fazendo a partir de pré produção, da idealização, a parte de marketing, mídia social e etc.


Pedro Hewitt – Seguindo a mesma linha de raciocínio, em relação à superação, quais foram os desafios mais significativos enfrentados pela Make Rock Produções antes de existir e como a equipe lidou e ainda lida com eles para alcançar os objetivos propostos?
Junior Vieira: Maior dificuldade é lidar com várias linhas de visões diferentes sobre como devemos ser profissionais. Meio que a gente tem que se adaptar para cada ocasião, porém mantendo a seriedade. Vivemos em uma dinâmica diferente a cada momento, e no momento nosso objetivo é se consolidar.

Pedro Hewitt – Ao observarmos a trajetória da Make Rock Produções, é inevitável traçar paralelos com produtoras do passado, como a Brothers of Metal, que deixou uma marca notável no cenário musical. Diante desse contexto, surge a necessidade de compreender as lições extraídas dessas experiências pregressas. A Make Rock, ciente das nuances e desafios que algumas produtoras enfrentaram, revela-se como uma entidade dinâmica, aprendendo com o legado deixado por outras. Nessa busca constante pela excelência, quais estratégias específicas a Make Rock está implementando para evitar potenciais obstáculos que marcaram o percurso de outras produtoras? Essa reflexão nos conduzirá a um entendimento mais profundo das precauções e inovações adotadas pela Make Rock Produções para assegurar sua relevância e longevidade no cenário musical.
Junior Vieira: Bom, produzir um evento em si tem padrões, e esses padrões que tem que ser executados desde do Brainstorm até o pós-evento! Ainda somos muito pequenos, estamos trilhando e aprendendo muito com tudo o que vem acontecendo desde do primeiro evento até os dias de hoje, mas a principal regra para nós é trabalhar com seriedade e tentar ao máximo trabalhar em conjunto e parceria com as bandas!


Pedro Hewitt – Ainda sobre o mesmo assunto, a Brothers of Metal teve um fim silencioso, apesar de suas produções de grande maestria (Destruction, Enforcer, Air Raid, entre outros). Como a Make Rock Produções pretende garantir a continuidade e crescimento sustentável ao longo do tempo?
Junior Vieira: Isso é muito relativo, pois existem muitas variáveis que fazem uma produtora se consolidar e conseguir se manter!

Mas de já a Make Rock Produções pretende e vai trabalhar em todo o contexto artístico!

Como produtora de eventos, agenciamento de bandas e artistas, produção de eventos voltado para a área de capacitação de profissionais que trabalham em todas as áreas para que um festival de pequeno, médio e grande porte!

Pedro Hewitt – Quais são os pontos distintos e objetivos únicos que a Make Rock Produções busca alcançar, diferenciando-se de outras produtoras que marcaram o cenário musical no passado?
Junior Vieira: Trabalhar não somente na produção de eventos mas sim estarmos presentes em todos os cenários artísticos como Dança, Stand-up, Teatro, amostras de arte e etc!

Pedro Hewitt – Sabemos que não é fácil, muito menos prático. Diante das vivências enriquecedoras e, por vezes, desafiadoras que moldam os passos da Make Rock Produções, surge a indagação sobre as próximas métricas da produtora para o futuro. Em um cenário musical dinâmico, delicado, marcado por divergências de ideias, percalços com integrantes de bandas e imprevistos logísticos internos que por vezes passam batidos, como a Make Rock pretende aplicar esses aprendizados em sua jornada contínua? Como a produtora planeja não apenas enfrentar, mas também transcender as polêmicas e desafios típicos do universo musical, consolidando sua posição como uma força inovadora e resiliente no cenário local e além?
Junior Vieira: Cara, isso é interessante porque no último evento aconteceu uma ocasião em que tivemos uma divergência em relação a contratação de uma banda que nos obrigou a cancelar por falta de comunicação saudável e profissional. Ainda existem formas diferentes de pensar quanto a relação como ser profissional na hora de negociar e executar o que foi negociado.

Para os próximos eventos iremos passar a trabalhar com contrato com todas as cláusulas asseguradas por todos os integrantes de bandas para não ter o famoso “disse não disse”.

Pedro Hewitt – A produtora tem planos para futuras parcerias? Seja com outros coletivos, cervejarias, fanzines. Pode compartilhar algumas ideias sobre possíveis colaborações ou eventos que estão sendo considerados a uma união promissora?
Junior Vieira: Estamos em planejamento das atividades para este ano de 2024. Mas sim, é com certeza que a produtora tem e irá atuar com parcerias voltado para o cenário Underground, cenário musical comercial e as demais áreas artísticas!

Pedro Hewitt – Diante de tudo que foi compartilhado, qual mensagem ou convite especial a produtora gostaria de deixar para amigos, conhecidos, lunáticos por música rápida, colaboradores e para a vibrante comunidade musical que os acompanha? O palco é de vocês. Nos vemos por aí.
Junior Vieira: Queremos agradecer ao Rômulo (Stillus Rock), ao Alan (Moska Rock Store), a Livia (Morbid Hell), que são parceiros que estiveram com a gente durante todo o ano de 2023!

Ao Julio Baros (202 produções ) e Fernando (Metal UnderStore). A todas as bandas que fizeram os eventos da Produtora durante o ano de 2023!

E aguardem que 2024 vem com novidades, pois sem música a vida seria um erro!

Valeu galera!

Para mais informações, shows e merchandise:
https://www.instagram.com/makerockproducoes/

 


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About Pedro Hewitt

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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