Pedro Hewitt: Saudações Chaos Synopsis, é uma honra fazer parte da trajetória de vocês apoiando e prestigiando cada vez mais os lançamentos. Como estão?
Jairo Vaz Neto: Fala pessoal da Full Rock, aqui tudo ótimo, aproveitando cada momento que o Rock nos trás e trabalhando feito louco com a banda.
Pedro Hewitt: Recentemente foi lançado o
grandioso “Gods of Chaos”, álbum muito bem recebido pelas mídias e pelos
apreciadores do Metal Extremo. Como se deu o trabalho da produção e lançamento?
Jairo: Acho que foi o disco mais rápido em questão de composição e gravação que já fizemos. Foram cerca de quatro meses trabalhando duro entre compor o disco e finalizar as gravações. O interessante é que ficou um disco homogêneo, não trazendo nada antigo e focando no agora da nossa arte. O álbum foi produzido pelo nosso baterista FriggiMad Beats e lançado em parceria pela Black LegionProd, Dunna Records e nós da banda.
Pedro Hewitt: ChaosSynopsis é autêntico,
violento e bruto. O objetivo sempre foi ficar mais insano ou vocês deixaram
fluir naturalmente?
Jairo: Sempre fluir naturalmente, quando começamos a compor um álbum não planejamos qual direção
ele deve tomar, todos aparecem com ideias, juntamos todas e montamos as
músicas. Daí partimos pros arranjos finais e gravação. Muita coisa nesse álbum
surgiu no estúdio, após boas doses de cerveja e experimentalismo.
Pedro Hewitt: Como percebem a inserção de
mais um disco no cenário nacional?
Jairo: Em tempos de
internet e informação abundante, acredito que uma banda tem que lançar material
constantemente e se manter atualizada. Temos nossos fãs antigos e muitos novos
que vem a cada álbum. Música nova nunca é demais, até porque não nos cansamos
por tocar só a mesma coisa, nosso show é variado é sempre com sons novos.
Pedro Hewitt: Como pensam sobre os meios pra se
destacar neste cenário tão rico de bandas atualmente? Acham que o Metal Extremo
está muito saturado devido a quantidade de grupos?
Jairo: Não acho que esteja
saturado, inclusive, temos visto muitas tours pelo país, o que é muito saudável
para as bandas e público. Para se destacar, acredito que o lance é estar na
estrada, manter o trabalho e estar sempre ativo.
Pedro Hewitt: Vocês retornaram da Europa após
o lançamento do novo álbum em 2017. Conte-nos sobe a tour e os melhores
momentos de shows, viagens etc. Se sentiram mais valorizados neste novo giro? O
que o Brasil poderia adotar com o exemplo dos países que tocaram?
Jairo: Cada vez que
voltamos ao velho continente é uma experiência sensacional. Além da viagem por
locais novos, também reencontramos muitos fãs na estrada e muitos amigos, o que
faz valer muito a pena. Como temos uma base boa de fãs pra lá, torna-se sempre
melhor voltar e os shows acabam sempre sendo mais legais. Uma das coisas
cruciais que rolam pra lá e que poderíamos adotar pra cá é o horário. Os shows
na Europa são sempre pontuais, com os produtores pegando no pé de todas as
bandas pra cumprir o tempo de palco, inclusive cortando set list se a banda
enrola na hora da troca de som.
Pedro Hewitt: Comentem sobre a evolução da
banda desde o início com a demo “Garden of Forgotten Shadows” (2006) até o
recente “Gods of Chaos” (2017).
Jairo: Acredito que ouvindo os registros, é possível
perceber que se trata da mesma banda, porém, são 11 anos entre um lançamento e
outro, nesse meio tempo, tivemos vários guitarristas e ouvimos muita coisa
diferente entre lá e cá. Apenas agregamos, a cada lançamento, coisas novas.
Acho que as principais se devem a inclusão maior de harmonias diferentes, a
utilização mais efetiva de duas guitarras e uma maior variedade de melodias nas
músicas. Mas basicamente, ainda somos os mesmos caras fazendo uma mistura
calcada no Death e Thrash Metal.
Pedro Hewitt: Pra fechar, o que acham dessa
galera que faz sucesso muito rápido atualmente, sem focar numa carreira, isto
é, sobre o mercado musical?
Jairo: Não vejo problema
nisso, cada um utiliza as ferramentas que tem. As vezes uma banda da um pouco
de sorte de estourar, as vezes é trabalho duro e as vezes a soma de tudo. O que
sempre penso é o seguinte, se hoje o Chaos Synopsis estourar em popularidade, eu
estaria preparado para largar toda minha vida e viver apenas em função da
banda? É algo a se pensar.
Pedro Hewitt: Agradecemos a disponibilidade
concedida. Sucesso. Hornsup!
Jairo: Eu que agradeço o
espaço. É louvável o que a mídia faz ao apoiar as bandas, é uma troca muita boa
para todos que fazem parte do nosso rock de cada dia. É ROCK!
Formação:
Jairo Vaz - Voice of Command and Heavy Attack
Friggi Mad Beats
Luiz Ferrari - Deadly Arrows
Diego Santos - Tormentor
Para mais informações, shows e merchandise:
http://www.facebook.com/chaossynopsis
http://www.chaossynopsis.com/
https://www.facebook.com/DunnaRecords/
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