sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

REVIEW CD: Encéfalo - Die To Kill

Certas bandas nacionais possuem uma característica sonora própria e que não mede esforços, mesmo que percebamos claramente tais influências musicais, sempre temos algo pessoal e bem feito em mãos que nos orgulha. E assim é com o quarteto (Atualmente é um Power Trio) dos cearenses do Encéfalo, que nos brindou em 2015 com seu mais trabalho, o insano ‘’Die To Kill’.

Não fugindo das estruturas sonoras que executaram em ‘’Slave of Pain’’, o Thrash/Death Metal do grupo é feito sob uma sólida fundação que tem mixadas influências que soam a Morbid Angel e Possessed. Mas mesmo assim, o trabalho do ‘quarteto’ é bem pessoal, cheio de energia, feelings e com melodias bem colocadas, porém não tão variantes como foi no primeiro registro.

Definitivamente, o material é de primeira linha, onde pode parecer brincadeira, mas é levado a sério de ponta a ponta, sem pensar duas vezes que é algo maduro e extraordinário. A produção foi feita entre cada integrante, com um pouco mais de potência, soando mais profissional, mais devastador. Como disse no primeiro verso, a sonoridade não mede esforços, resultando ao máximo em não fugir da estética delineada nos anos 90 em termos de suas influências, mas o trabalho em si soa claro e pesado (Mesmo com umas partes muito cruas), garantindo que o ouvinte poderá aproveitar o melhor de cada trecho sem problema algum. Ou seja, é algo meio até conservador em termos de sonoridade.
A arte continua nos mesmos moldes como foi da primeira vez, repleto de desenhos, guerra, morte, sangue, mas dessa vez ficou um pouco mais sinistro devido o fundo do encarte e suas fontes das letras escuras, outras mais claras. Todos os arranjos são ótimos, a dinâmica entre instrumentos musicais e vocais está de primeira, e o resultado é de fora do normal.

O grupo é adepto de faixas médias, variando de 3 a 5 minutos no máximo, onde pode desfilar muitas mudanças de ritmos e belas passagens melódicas, mas sem aquela atmosfera que costumamos ouvir em bandas atuais. E apontar os melhores momentos do disco seria um preciosismo desnecessário, e destacamos algumas faixas por mera referência: ‘Psywar’, ‘Apocalypse’ e  ‘The Bounty Hunter’, cada elemento incluso acabam se evidenciando mais uma vez e criando cada vez mais um poder de audição impressionante.

O quanto antes o Encéfalo irá lançar seu mais novo registro, onde sem dúvidas irá superar este aqui que vos resenho. Força e honra, senhores!

Tracklist:
1 – Alive Or Dead? (Intro)
2 – Age of The Darkness
3 – Endless Suffering
4 – Psywar
5 – Assassin
6 – Battle of Blood
7 – Suicide Dream
8 – Apocalypse
9 – The Bounty Hunter
10 – Night of The Dead

Nenhum comentário:

Postar um comentário