Vemos os mesmos assuntos em bandas de Punk Rock, as mesmas críticas, posicionamentos, ideais, se tornando abusivo a um certo ponto, mas eis que a Som do Darma me enviou mais uma vez um material que me impressiona (Sem querer pagar pau... Até agora não encontrei um material ruim nessa Press), que mostra um novo ângulo do gênero, um novo timbre, novos horizontes. O 'Rock Errado' que nos leva ao certo.
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LADO A - (...)Eu sou um homem analógico; Um morto vivo e sua maldita esperança(...) O disco abre com Homem Analógico, uma música mais pro punk e depois muda pro rock tradicional (Principalmente na parte do solo), reflexiva, e direta, bem a característica da banda, mostrando para o ouvinte qual será o nível do disco até o final. Logo em seguida vem Free Ordinária, música que já tinha conferido no TNB da banda antes de receber o material. Uma das melhores do álbum, sendo iniciada com uma batida de de bateria convencional e sem toda aquela correria punk, com uma levada interessante onde retrata ao meu ver uma pessoa que não sabe lidar com uma certa garota, cuidando apenas de si próprio, sendo realista a ponto de tudo, uma poesia musical sem qualquer exagero. É a música que mais representa a ideia da mente de muitas pessoas atualmente.
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A terceira faixa do Antropofagia Disfarçada, com uma levada mais voltada para o hardcore brasileiro da década de 80, lembrando muito Replicantes, RxDxPx, voltando aos temas convencionais que são as críticas da sociedade; (...)Asfalto urbano, parasitas humanos; Voem monstros da burrocracia; Voem monstros da democracia(...) onde nós próprios estamos sendo gananciosos e os que estão ao nosso redor só estão no caminho da perdição; (...)Homem engolindo homem; Homem matando homem; Homem vendendo homem(...), nesse trecho que caracterizam a reflexão sobre a renovação de valores e propósitos que os homens acham que é certo, o nome já diz tudo: ''Antropofagia''. Uma das melhores também.
Asfalto, uma cor que está inclusa ocultando as cores primárias, as cores que sem dúvidas precisam fazer parte da vida urbana, da nossa vida. Essa é a quarta faixa do Rock Errado, começando com algo mais acústico, mais tranquilo e pouco cadenciada, onde normalmente a tendência é 'pirar', manter um ódio acima da média, sentir um sentimento forte por algo, mas na realidade essas músicas estão trazendo até o momento um forte pensamento de riqueza e sabedoria, lembranças, positividade. Ouça e note também!
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Pra fechar essa primeira parte nada melhor do que sentar e conferir com toda calma possível o instrumental stoner de Louva-A-Deus (Executado por Ronaldo Vilela), a participação de Guilherme Demente nessa faixa e em Moleque Dissonante, numa bateria crua e sem ser 'cobrado' muito, saindo um pouco mais do segmento das faixas anteriores.
LADO B - Como um bom amante de filmes reparei que o filme 'Um Dia de Fúria' (1993) parece (Ou foi) que foi influência para os integrantes da banda criarem essa música, que fala exatamente do dia-a-dia do que passamos, de toda correria e problemas nessa vida urbana, a crise financeira, o risco da morte, enfim, sendo bem mais direto do que qualquer outra faixa anterior, nada indireto, totalmente sério. Quase 5 minutos de pura verdade!
E a história do errado que acaba saindo certo? Força? Coincidência? Pois é, igual a outras resenhas eu concordo, o Rock Errado deu certo. Letra dessa faixa um pouco mais extensa e com uma expressão interna que não demonstra ‘pena’ em nenhum momento. Sem mais!
Moleque Dissonante, que pelo visto fala de uma história real de um garoto (Não sei ao certo) da atualidade, das ruas, do mundo. Lembrando um pouco de Grunge Alternativo, esta música choca um pouco com o método de fingir que a juventude está salva, mas todo perigo é pouco, nunca se sabe o que pode acontecer, os trechos explicam tudo.
A Chuva Não Cai, algo mais romântico e simples em todos os aspectos, sendo pra mim uma das faixas bem mais preparadas e organizadas de todo álbum, fora que tem ótimas referências de MPB.
Burca (Não só a música, mas o vídeo é fora do normal), música com um pouco mais de variação sendo mais intensa ainda após os 3 minutos com uma pegada de Hardcore pra fechar com chave de ouro, sendo escrita mais uma vez de forma poética, e com instrumentais acima da média. A você que não está acostumado a ouvir coisas 'estranhas' e bem cruas, caia fora disto aqui.
[video]4HjdJ2_Kk4A[/video]
Lançado exclusivamente pela Sapólio Rádio, o Seu Juvenal cria novos climas, mantendo sua música rápida, melódica, simples e acústica entre o sarcasmo e a rebeldia sem deixar uma peça sequer faltando.
LINE UP:
Bruno Bastos – vocal
Edson Zacca – guitarra e violão
Alexandre Tito – baixo
Renato Zaca – bateria
Track list:
LADO A
1.Homem Analógico
2.Free Ordinária
3.Antropofagia Disfarçada
4.Asfalto
5.Louva-A-Deus
LADO B
6.Um Dia De Fúria
7.Rock Errado
8.Moleque Dissonante
9.A Chuva Não Cai
10.Burca
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