[caption id="attachment_15209" align="alignnone" width="550"]
FullRock: A banda teve um demo lançado em 2004, e desde então, possui agora 3 álbuns full lenght; como vocês veem a evolução musical da banda nesses 9 anos?
Caio Duarte: Olá pessoal, primeiramente muito obrigado pela entrevista! A evolução musical é algo que veio da nossa evolução pessoal. De lá para cá aprimoramos muito nossas capacidades e refinamos opiniões a respeito do mundo e da nossa própria música, e isso fica latente, pulsando junto com o som.
Full Rock: Você trabalha com a produção desde o início, o que torna o material feito mais conciso com o que vocês pretendem oferecer ao público. Nos fale sobre a origem do BroadBand Productions?
Caio Duarte: Minha primeira produção séria foi justamente a primeira demo do Dynahead. Assim, meu trabalho como produtor nasceu junto com a banda... Isso faz com que a responsabilidade sobre o trabalho seja muito maior, afinal não dá para botar a culpa no produtor se o resultado for ruim, mas deixa o processo de fazer música bem mais pessoal e bacana.
FullRock: Vocês possuem alguma influência nacional?
Caio Duarte: Claro, muitas! Sempre é complicado falar em influências específicas já que são tantos os artistas que nos inspiram, mas elas transparecem em nossa música.
[video]2zpSxMZ0eGU[/video]
FullRock: Cantar em inglês tem sido algo predominante entre muitas bandas no cenário nacional; em janeiro desse ano, um produtor americano fez algumas críticas pelo fato de bandas brasileiras cantarem em inglês; qual o ponto de vista da banda em relação a esse assunto?
Caio Duarte: A crítica dele não foi tão especificamente ao inglês, mas à pronúncia, que muitas vezes não é legal mesmo. Nós escrevemos em inglês sobretudo porque é uma língua transcultural, reconhecida e familiar a pessoas de todos os lugares. Isso torna as letras mais acessíveis a gente de toda parte do mundo, e o idioma não se torna apenas um aspecto 'exótico' para um ouvinte estrangeiro.
FullRock: A banda iniciou fazendo covers, vocês ainda executam algumas no set list da banda? Quais?
Caio Duarte: Atualmente não tocamos mais covers, a não ser quando vamos fazer um show muito longo, ou quando bate uma vontade repentina ou contexto legal para prestar tributo a algum artista. No começo tocávamos coisas que iam de Queensryche a REM, sempre tentando dar nossa própria cara.
Full Rock: Chordata I se trata de um álbum conceitual dividido em duas partes, nos fale desse conceito.
Caio Duarte: O disco procura recontar a evolução da vida a partir da sua origem, vindo até os dias atuais. Tudo tem uma abordagem biológica, darwinista, e fala de uma forma bastante poética dessa evolução.
[caption id="attachment_15211" align="alignnone" width="550"]
Full Rock: O álbum apresenta uma sonoridade agradável, com belas passagens entre o melódico e agressivo, qual equipamento a banda utilizou na gravação?
Caio Duarte: O equipamento que usamos não é nem de longe o que há de melhor no mercado, visto que somos uma banda DIY e não temos recurso para dispor de coisas muito mirabolantes. Mas do primeiro álbum pra cá eu pude investir um bocado no meu estúdio com a evolução do meu trabalho como produtor, e por isso esse álbum foi gravado de uma forma bem mais adequada do que os outros - em especial o primeiro, que foi de um jeito bem tosco (risos).
FullRock: Dois vídeos já foram apresentados ao público na sequência do álbum, como se trata de um conceito, os próximos vídeos estarão na ordem? Vocês pretendem apresentar todas as faixas?
Caio Duarte: Sim, estamos lançando os vídeos na ordem que eles aparecem no disco, e temos um para cada faixa. Eles são uma série bem divertida de lyric videos, espero que curtam!
Nota do editor: Clique aqui pra conferir o canal oficial da banda no youTube onde vai encontrar diversos vídeos, inclusice os lyrics videos mencionados por Caio Duarte.
FullRock: A arte do álbum foi ilustrado por Chris Panatier; Como ocorreu o contato e desenvolvimento das ideias? Houve alguma influência da banda na produção?
Caio Duarte: A indicação do Chris Panatier veio através de um amigo que também é um grande ilustrador, o Diego Moscardini. Entramos em contato com ele e ele ficou muito feliz com a ideia de trabalhar com a gente. Demos total liberdade artística a ele, apenas descrevemos o conceito e ele fez aquela arte impressionante... Realmente incrível.
[caption id="attachment_15214" align="alignnone" width="550"]
FullRock: Há quanto tempo o Dynahead está com a MS Metal Records e como tem sido o relacionamento de vocês?
Caio Duarte: Trabalhamos com a MS desde nosso primeiro disco, e desde que eles começaram com a ideia de ter um selo eles se propuseram a lançar nossos trabalhos em território nacional. Através deles podemos garantir que nossos discos cheguem a todo o território nacional e às megastores, e somos gratos por tudo que eles já fizeram por nós.
Aqui não existe mais uma 'cultura rock n roll', onde as pessoas vão a eventos para curtir boa música e fazer parte de um movimento cultural..."
FullRock: O cenário musical brasileiro tem apesentado muitas bandas com bastante talento e desempenho musical em várias regiões de nosso país, O que vocês acham que falta para que se realize um evento de grande porte como um Rock N’ Rio, baseado nos talentos que nosso país pode oferecer?
Caio Duarte: Não acho que falte nada além de um público coeso. Ele existe, em enormes quantidades, mas foi totalmente dividido pela mídia, que sempre insistiu em colocar os fãs de diferentes gêneros uns contra os outros. Aqui não existe mais uma 'cultura rock n roll', onde as pessoas vão a eventos para curtir boa música e fazer parte de um movimento cultural... O que existe hoje são mini-tribos de pessoas com gostos extremamente específicos, e que só prestigiam shows daqueles artistas exatos que eles gostam. Junte-se isso ao complexo de vira-lata típico do brasileiro, que sempre hesita em admitir que gosta de algo feito em território nacional, e temos essa situação bem pouco produtiva.
[video]sXDVrESgIIM[/video]
FullRock: Sobre a divulgação e turnê do Chordata I, como está o andamento?
Caio Duarte: Não temos uma turnê. Gostaríamos muito de fazer, mas a cena hoje em dia é formada principalmente por aquelas mini-tribozinhas que disse anteriormente, muitas delas bastante modistas. Como não somos uma banda que faz um som tipicamente 'da moda' fica difícil viabilizar um giro. Poderíamos fazer ume turnê gastando dinheiro do nosso bolso como muitos fazem, mas não dispomos de recurso para isso... Amamos nos apresentar, mas tudo que podemos fazer é aguardar oportunidades bacanas e tocar sempre que possível.
FullRock: Estamos na expectativa de vocês virem ao nordeste na turnê do Chordata I, fiquem a vontade para deixar uma mensagem pra essa galera que espera por vocês, não só no nordeste, mas em outras regiões de nosso país.
Caio Duarte: Também gostaríamos muito de voltar ao Nordeste, vamos torcer para que surjam oportunidades! Muito obrigado pelo enorme apoio e carinho daqueles que tem coragem de ouvir com coração aberto a música que é produzida no nosso país. Quem quiser nos acompanhar pode encontrar links para nossos canais online, vídeos e downloads em nosso website - www.dynahead.com.br. Um grande abraço a todos, e nos vemos em breve!
0 comentários :
Postar um comentário