Hoje (28 de março de 2013) iremos dar início a uma série de posts que vamos chamar de DeLorean, pois trata-se de uma verdadeira viagem no tempo (Acho que todo mundo aqui é fã de De Volta para o Futuro, não?). Vamos passear por grandes discos, shows memoráveis e importantes acontecimentos da cena rock e metaler. A data também marca o retorno do nosso colaborador Renato Filho que precisou se ausentar por uma temporada, mas volta com força total! - Fábio Pitombeira
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Sepultura Old School[/caption]Desfrutando do sucesso de Beneath That Remains (1989) e Arise (1991), o Sepultura já se destacava como maior ícone da música pesada brasileira ao redor do mundo. Finalmente em 1993, a banda entra em estúdio para gravar Chaos A.D., o quinto álbum de estúdio da banda mineira. Chaos A.D. indubitavelmente foi um divisor de águas na obra do Sepultura, trazendo dois clássicos absolutos da banda Refuse/Resist e Territory, além de petardos como Propaganda, Slave New World e Biotech is Godzila.
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Agora mais vividos e com mais experiência na bagagem a banda sabia que era hora de inovar e começaram a moldar o que viria a ser a identidade sonora da banda a partir daí. De um lado Max e Igor estavam cada vez mais interessados por batidas tribais e percussões, enquanto Andreas estava mais focado em violão clássico e começou a experimentar mais efeitos em seus riffs e solos. Esse pensamento levou a banda a escolher um produtor diferente para o disco, deixando de lado a parceria com Scott Burns e recrutando Andy Wallace para o papel. Segundo palavras do próprio Andreas: “Escolhemos Andy porque se escolhêssemos Scott Burns de novo, provavelmente faríamos outro Beneath That Remains ou outro Arise. Não queríamos isso de jeito nenhum, senão a banda não duraria mais nem dois anos”. Foi entre os dias 21 de junho e 1º de Agosto que a banda se reuni com Andy Wallace no estúdio Rockfield, onde já gravaram nomes como Queen, Rush e Black Sabbath.
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Sepultura - Chaos A.D.[/caption]A maturidade não se resumiu na musicalidade, mas a própria temática e letras do álbum, fazendo críticas a censura, violência, governo, corrupção, massacres, repressão. Em Manifest, Max fala sobre o massacre do Carandiru que ocorreu em 2 de outubro de 1992 em São Paulo, onde 111 presos foram assassinados pela polícia. Kaiowas tem este título em homenagem a tribo de índios que cometeu suicídio coletivo em protesto ao Governo que queria tomar suas terras, Propaganda é uma clara mensagem para a crítica e mídia, enquanto Biotech is Godzilla faz uma crítica a indústria farmacêutica.
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Em Agosto do mesmo ano, a banda viajou para Israel para filmar o clip de Territory, a qual possui uma letra estritamente relacionada aos conflitos incessantes que ocorrem na região. Durante dois dias, a banda gravou cenas do clip no Mar Morto, no deserto. Territory foi o primeiro single do álbum sendo lançado dia 20 de setembro e foi eleito como videoclipe do ano em 1994. Finalmente em 2 de Outubro, a Roadrunner organizou uma grande festa para o lançamento do no mesmo castelo onde ficava o estúdio em que o álbum foi gravado. O disco se tornou um sucesso de público, ultrapassando a marca de 1 milhão de cópias na época. Hoje é um clássico do Thrash Metal, sendo referência para várias outras bandas do gênero.
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