Fãs do MOA estão sendo tratados como indigentes, diz promotora

Sem comida há quase 24 horas e sem banho há vários dias, cerca de 25 pessoas ainda estão acampadas em um estábulo do Parque da Independência, em São Luís, local onde aconteceu o Metal Open Air, informou ao UOL a promotora de defesa do consumidor do Maranhão, Lítia Cavalcanti.

[caption id="attachment_5182" align="alignnone" width="550" caption="Barracas são montadas no estábulo; fãs reclamam do mau cheiro de fezes"]Barracas são montadas no estábulo; fãs reclamam do mau cheiro de fezes[/caption]

Ela explicou que sua equipe conseguiu uma doação de um supermercado local para que essas pessoas, de vários estados do Brasil, possam almoçar e tomar lanche antes de pegar o avião de volta para casa.

"A situação é muito séria. As pessoas estão sendo tratadas como indigentes aqui. O estábulo está cheio de baratas e carrapatos. Parece um campo de concentração", afirmou ela.


A promotoria do Maranhão, segundo Lítia, também teve de conseguir um transporte para tirar as pessoas do acampamento e levá-las para o aeroporto, onde será servido o almoço e o lanche. "Alguns deles foram furtados na sexta-feira e estão sem condições de chegarem ao aeroporto".

Lítia ainda conta que os responsáveis pela realização do show não estão dando qualquer suporte para esses fãs do metal e não foram localizado pelo Ministério Público. "Essas empresas acabaram com a imagem do Maranhão", afirmou ela.

[caption id="attachment_5183" align="alignnone" width="550" caption="Homem leva mãos à cabeça ao ver palco do MOA ser desmontado por organização"]Homem leva mãos à cabeça ao ver palco do MOA ser desmontado por organização[/caption]

Em alguns dias, a Ministério Púlbico vai finalizar um inquérito civil público, que pode cancelar os registros das duas empresas produtoras, a Lamparina e a Negri Concerts. "As duas são responsáveis diretas pelo o que aconteceu e o inquérito pode fazer com que elas não consigar mais atuar no mercado".

Será formalizado também um inquérito policial e os responsáveis pelo festival podem responder por crimes contra relação de consumo, estelionato e formação de quadrilha.

Lítia ainda disse que nada impede que o consumidor entre com sua ação individual, pois as ações podem correr no paralelo. "O consumidor que se sentir lesado poderá entrar com uma ação no juizado civil de sua cidade". Para isso, o supervisor do Procon Maranhão, Bruno Leal, orientou neste domingo (22) que as pessoas mantenham os comprovantes de pagamento, notas de consumo, e procurem a orientação de um advogado.
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About Fábio Pitombeira

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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