[caption id="attachment_3947" align="alignnone" width="550" caption="Scrok: Félix Brinao fala com exclusividade ao Full Rock"]
Full Rock: O Scrok é uma das pioneiras do eixo Teresina/Timon. Mas a banda ficou parada por um certo intervalo de tempo, como é que foi esse processo de retorno do Scrok? foi algo planejado ou algo espontâneo?
Félix Briano: No final de 2007 o Valter (baixista) entrou em contato comigo, dizendo que a banda estava sem baterista. Explicou que seria uma audição e marcamos o dia para isso acontecer. Tudo rolou legal, inclusive fiz amizade com o baterista que também foi sabatinado no dia (atualmente ele mora em Brasília) e segurei o posto de baterista.Pouco tempo depois a banda teve problemas com o guitarrista, que acabou saindo e a banda ficou inativa do primeiro semestre de 2008 até abril de 2011.
Valter me ligou em janeiro, dizendo que estava querendo pôr o Scrok na ativa e sugeri que ele procurasse o Eduardo (ex-Dark Season). Ele aceitou o convite, chegou com duas músicas prontas, ensaiamos exaustivamente até o nosso primeiro show, que foi em Abril, no extinto Bar Raízes, juntamente com Blasfemador e Cerberus Bestial (vídeo abaixo).
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Full Rock: Em relação ao EP Devastation, como foi o processo de composição das músicas que ele traz? As músicas já estavam prontas ou foi algo que vocês criaram após o retorno do Scrok?
Félix Briano: Duas das músicas foram apresentadas quando iniciamos os ensaios em janeiro de 2011. "Creeping Children Tales" surgiu no decorrer dos ensaios, não muito tempo antes da gravação do EP. Saímos do Raízes e já fui levando todo meu equipamento que usaria na gravação no dia seguinte ao show.Alguns detalhes de guitarra e vocais foram idéias que surgiram durante as gravações, assim como o convite feito ao Juliano Sousa, que na época estava comigo no Dark Season, para colocar alguns solos e temas nas músicas e ele também ser acrescentado à banda.Temos outras músicas extra-Devastation que estão sendo lapidadas e trabalhadas em ensaios e shows com o intuito de serem parte do nosso full lenght para 2013.
[...] é muito fácil ser underground quando se é underground [...]
Full Rock: Depois do lançamento do EP Devastation, vocês fizeram uma série de shows, tocando com nomes como Angra, Hibria, Ross The Boss e em festivais como o Rock Cordel e vários outros shows. Como foi a receptividade do público quanto ao show de vocês?
Félix Briano: Desses shows citados, o show com o Angra rolou antes do lançamento do EP Devastation. Nós da banda tínhamos combinado de não fazermos shows antes do lançamento do EP, mas vimos que era uma excelente oportunidade para o Scrok estar presente num evento que tivesse o Angra, uma das grandes bandas brasileiras de metal.Os demais shows, fazendo parte da divulgação do Devastation, foram excelentes. A respeito, o lançamento do EP foi em Caxias, no Maranhão e não em Teresina, que seria natural, mas à época recebemos o convite por parte da produção do Underground Caxias e vimos que seria uma nova experiência lançar um material novo da banda fora de sua cidade sede, atualmente Teresina.Tocamos também em Floriano, São Luís e Fortaleza. Fortaleza e São Luís eu já havia tocado anteriormente com o Dark Season, mas com o Scrok foi a primeira vez, e especialmente em São Luís pela honra de abrir o show de Ross The Boss, uma lenda viva do metal e que fez parte parte fundamental de uma banda não grande pelo seu alcance, mas grande pelo seu respaldo, que é o Manowar. Fortaleza foi diferente por termos tocado em uma sala, algo como um mini-teatro, dentro do Centro Cultural do BNB. E te digo, foi Devastation...
E foi em Fortaleza que eu ouvi um fã comentando que conheceu a banda pequena, underground e agora a banda tava crescendo, tinha até camisa, palheta pra vender. Bom eu o respondi que nossa intenção é crescer, quem sabe ser mainstream, coisa que nosso país já merece, pois as bandas grandes do Brasil estão inócuas, sem muita expressão. Adoro o underground, esse lance de beber umas antes de ir assistir a um show, beber mais ainda no show, rever os amigos, garimpar relíquias em CDs, vinis e fitas... mas é muito fácil ser underground quando se é underground, quero ver neguinho gostar disso por opção, quando entra mais $$$ no bolso muitos mudam seus hábitos.
Trabalho para que minha banda seja grande, mas eu jamais tirarei meu pé do underground, jamais deixarei de participar.
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Full Rock: Para encerrar, Fale sobre o saldo final do retorno do Scrok no ano de 2011 e os planos da banda para 2012.
Felix Briano: 2011 foi perfeito para a banda pois estava parada há um bom tempo e mantivemos uma sequência de bons shows, como os que já foram comentados. Fora isso nossa camisa tem vendido legal, o que para uma banda independente isso vai além da parte financeira, é a semente da banda sendo espalhada por onde passamos.Temos algumas datas no nordeste e sudeste a serem confirmadas, algumas dentro de festivais e outras como banda de abertura de uma importante banda nacional. Mas ainda estamos aguardando a confirmação, que rolando, divulgaremos em tempo.Outro projeto, importantíssimo, é a nossa inclinação para novas composições que farão parte do nosso full lenght, previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2013. Fechamos um pacote extenso de horas em um estúdio de ensaios de Teresina somente com esse intuito, produzirmos novas composições. E esse é um grande passo que a banda dará, o primeiro grande passo.
[...] Entrevista originalmente publicada pelo portal FullRock [...]
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