Review: Hecatombe - DVD Crossing No-Fly Zone

A chegada do DVD no mercado causou bem mais impacto que as opções de pureza e qualidades sonora e visual a ele atribuidas. O novo formato permitiu às gravadoras[bb] e bandas diblar, por exemplo, a temida “síndrome do segundo disco”, que assolava muitos artistas que não conseguiam administrar muito bem o hiato entre um bom disco de estréia e um segundo que garantisse segurar a peteca.

Trouxe novidades e alternativas também às bandas independentes, que puderam através do DVD vender melhor seu peixe, ou seja, seus shows, para aqueles muitas vezes distantes; ou mesmo aos produtores e promotores de show. Inicialmente focado nas performances ao vivo, nada impediu que uma produção mais cuidada e bem dirigida viabilizasse um “ao vivo no estúdio” para a gravação de DVD, afinal, aquele disco ao vivo da sua banda[bb] preferida tem muito pouco de ao vivo, vamos combinar.

[caption id="attachment_2866" align="alignnone" width="550" caption="Hecatombe - DVD Crossing No-Fly Zone"]Hecatombe - DVD Crossing No-Fly Zone[/caption]

Nesse quesito os gaúchos do Hecatombe souberam aproveitar bem as possibilidades que o formato oferece. Arrumaram um local bacana, capricharam na iluminação[bb], nas marcações e na performance. Transformaram “Crossing No-Fly Zone” num belo cartão de visitas para fãs, profissionais de produção musical ou meros escribas (nos quais peço licença para me incluir). Onde “Crossing No-Fly Zone” peca? Nos extras, mais especificamente em passar uma “expontaneidade forçada” dos integrantes dando depoimentos num inglês sofrível, onde se percebe nitidamente que a banda está lendo cartazes com 'colas'.

O truque é tão asintoso que quebra o clima[bb] de expontaneidade da performance que acabou de se desenrolar no tempo normal do DVD. A barra é forçada de tal forma que a banda chega a simular estar discutindo (aí em português!) no meio de um ensaio. Eles foram os primeiros e únicos a abrir mão de usar esse artifício? Claramente que não, mas aí entra um trabalho de direção apurado, porque além de bons músicos seria preciso transformar o Hecatombe também em bons atores. Descontando os extras 'edwoodianos', uma bela performance de uma banda que manda bem ao vivo.

Track list:
me against me
there’s a hollow
dust to dust
gone
give it back
hunter of souls
not enough
gray desert
hate ‘n rage
owned by my own desolation
statue
masquerades
there’s a hollow
not enough
gray desert

Extras:
not enough music video
tomorrow
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About Fábio Pitombeira

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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