FullRock: Olá amigos do Attractha, tudo bem? Satisfação total pela entrevista. Para darmos início a esta, gostaria de saber: Como está a banda de 2017 pra cá?
Humberto Zambrin: Nós que agradecemos pelo espaço!! De 2017 pra cá, estamos indo numa velocidade muito boa, com muito conteúdo e crescendo, principalmente em shows! De lá pra cá, além de tocarmos em grandes eventos em São Paulo, já fizemos Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. A base de fãs está crescendo e estamos muito felizes. Estamos no nosso melhor momento!
FullRock: A recepção dos materiais de vocês pelo que andei acompanhando sempre são bem legais, principalmente na parte dos ouvintes. A divulgação sem dúvidas ajuda muito. Como se deu o processo de desenvolvimento e divulgação do último material de vocês?
Nós fizemos um bom plano de lançamento, que veio com um vídeo clipe, o CD, Lyric vídeos, live vídeos e muitas entrevistas, nas mais variadas mídias. Isso ajuda a manter o nome da banda em evidência. Estando em evidência, as visitas e potenciais fãs, no quesito visibilidade aumenta, até exponencialmente. Essa foi a base do nosso trabalho de divulgação e creio que esse seja um dos pontos de sucesso de divulgação até aqui.
FullRock: A banda possui uma variação equilibrada de como tocar o verdadeiro Rock, tendo passagens de Heavy Metal, Hard Rock, um pedaço de Rock'n Roll, onde as letras são 100% em inglês. Para vocês, qual a função da linguagem nas letras?
Acho que a melhor forma de responder isso é fazer um paralelo com um quadro, uma pintura, uma obra de arte... a música completa é uma obra de arte, onde cada pedaço só faz sentido se estiver num contexto maior. É como se o instrumental fosse os contornos de um desenho e a letra fosse as cores, ou vice-versa. Você pode ter obras em preto e branco, mas existe a possibilidade de ter algo mais completo sempre. O idioma estar, neste trabalho, em inglês se deve ao fato de realmente estarmos lutando para nos estabelecermos no mercado externo.
O Heavy Metal é um mercado de nicho, restrito. No Brasil, terra do Samba, Axé, Funk Carioca e etc, estamos fadados ao nicho cada vez mais. É impossível pensar em viver de Heavy Metal
aqui só pensando nesse mercado local. Temos que expandir as fronteiras como medalhões tipo Krisium, Angra, Sepultura, Torture Squad e etc. Além da musicalidade, é uma questão de sobrevivência.
FullRock: Humberto, hoje em dia vemos muitos músicos fazendo carreiras solos, sem esquecer duas bandas, obviamente. Como se deu o início desta sua empreitada? De onde surgiu suas melhores inspirações?
Eu não classificaria minha carreira como uma carreira solo como músico, fora do AttracthA. O que eu tenho é uma carreira no âmbito educacional com a bateria, natural para muitos músicos, que vai de vídeos para um canal de YouTube chamado Música Fácil, para meu próprio canal, dicas de carreira, e textos para ajudar os jovens a não cometerem erros que eu e outros colegas cometeram ao longo dos anos. Tudo surgiu através de um convite de 2 vídeos para o Música Fácil, que culminaram num convite para ser colunista fixo lá. A partir daí, surgiu o conteúdo próprio para meu canal, que estou desenvolvendo, mas sempre no cunho educacional.
FullRock: Muitos tentam, uns conseguem, outros não, poucos saem com uma boa bagagem, infelizmente uma parte soam de maneira coesa. Quais suas melhores dicas para quem quer fazer um trabalho interessante e que seja de valer a pena?
Primeiramente, tem que se fazer algo que goste, que tenha afinidade e que traga benefício para outras pessoas, em outras palavras, algo que alguém queira ver, pois é relevante, que o profissional domine e que, acima de tudo, goste muito daquilo, afinal, comparações e críticas sempre virão. Isso é válido para qualquer carreira profissional. De músicos a advogados, de atores a médicos.
FullRock: As dificuldades acontecem, isso é fato. O que (Na sua visão) pode mudar neste estado atual para os músicos que querem investir em algo solo?
Eu não acredito que o fato de ser “solo” seja diferente de lançar e manter uma banda. É a mesma coisa, dá o mesmo trabalho. O que pode divergir, é o tempo e o investimento. Isso sim, dobra. Ou seja, trabalho dobrado para quem ser arrisca em mais de um projeto. Solo ou não, não há diferença, artisticamente falando. Agora se o projeto solo for algo em outra área, como educação, que é meu caso, tem que se trabalhar com esse foco, ou seja, tem que colocar a veia artística de lado e desenvolver o outro trabalho da melhor forma possível. O que poderia mudar para facilitar isso, no cenário atual, é a economia do país, que ainda enfrenta um momento de crise, inflação, câmbio alto e poucas oportunidades de emprego com boa remuneração. A economia voltando a apresentar crescimento, traz empregos, rendimentos, fazendo com que as pessoas voltem a gastar, tranquilamente, com entretenimento e com educação artística, seja na música ou outras modalidades artísticas.
FullRock: Toda qualidade tem seu preço. O que vocês acham dessa galera que faz sucesso muito rápido hoje em dia, isto é, sobre o mercado musical? E desses movimentos em prol do rock atuais, como coletivos, etc...?
Se formos analisar, essa música descartável de sucesso rápido já é cultural no Brasil. Está forte desde meados dos anos 90 (quase 30 anos!) e não vai mudar. Isso só tem pontos negativos e creio que nem seja relevante comentar, pois é algo de massa, enraizado, e levaria, pelo menos mais 30 anos para acabar, caso alguém realmente pudesse mudar isso. Sem gravadoras, num mundo de internet onde até as empresas de streaming ainda não sabem como ganhar dinheiro, não há quem faça isso mudar. Veio pra ficar. Já no Rock, os coletivos são um respiro. Uma forma de ajuda mútua que visa proteger e divulgar os trabalhos de forma conjunta. Isso tem sua eficiência, dentro dos propósitos, mas acho que muitos deles precisam revisar suas estratégias, pois bater na tecla de shows e mais shows, em locais pequenos, com estrutura limitada terá sempre um alcance limitado. O comportamento do público mudou, as pessoas mudaram, o mercado musical mudou. Esses coletivos têm que explorar novos pontos, explorar a internet, o alcance, criar base de fãs, fidelizar os fãs e depois, com essa demanda, partir para os shows, não o contrário. Inversamente ao que havia nos anos 80 e 90, hoje não se cria massa de fãs em shows. O caminho é a internet, pra tudo! Não existem mais vendedores de porta em porta, saca? Existem listas de e-mails, por interesse, que chegam nas nossas caixas de entrada, anúncios focados em determinado público que estão nas timelines das redes sociais. O rock tem que se modernizar!
FullRock: O que é o Attractha de “Unsmaked Files”, e o Attractha de “No Fear to Face What’s Buried Inside You”?
O Attractha de Unmasked Files é um bebê de 3 anos, andando pela casa, se equilibrando pra aprender a correr. O AttracthA de “No Fear...” é um adolescente, correndo em competições escolares...espero que nos tornemos Usain Bolts (risos)! É um trabalho de evolução constante e natural. “Unmasked Files” foi um single pra apresentar uma nova formação da banda, já o “No Fear...” é a coroação dessa formação, mas ainda assim, é o primeiro álbum... ainda temos muito a madurecer e desenvolver como banda.
FullRock: Planos para este ano? Conte-nos sobre novos projetos etc.
O primeiro semestre de 2018 está focado nos shows de divulgação do álbum. Ainda queremos tocar bastante! Vamos fazer o Estudio Showlivre ainda em Abril, para ter uma performance ao vivo para quem é de fora de SP e ainda não nos viu. Depois disso, gostaríamos muito de iniciar, no segundo semestre a pré-produção do novo álbum, que pode sair no início de 2019... vamos ver!
Para mais informações, shows e merchandise:
https://www.facebook.com/AttracthA/
Home
/
Attractha
/
ATTRACTHA: ''O comportamento do público mudou, as pessoas mudaram, o mercado musical mudou.''
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários :
Postar um comentário