FAST EVIL: ''Você deve procurar fazer o que te faz bem, tocar Speed Metal e mostrar ele pro máximo de amantes do metal que puder''

Muitas vezes vemos bandas estranhas e nada agradáveis que surgem nesse cenário que tanto lutamos e amamos, mas dessa vez  força do Speed Metal nos trouxe uma revelação fora do normal. Fast Evil consolida cada vez mais sua potência sonora Piauí a fora, onde aqui nesta entrevista falam sobre a criação, história dos integrantes, shows e muito mais. Confira:

Pedro Hewitt: Satisfação total em abrir espaço para vocês, amigos. Como estão? Os concedo as primeiras palavras agora.
Diego Dourado: Satisfação é nossa grande Pedro, estamos a todo vapor produzindo e ensaiando para melhorar cada vez mais nossa peformance, e com essa empolgação saudamos todos os leitores headbangers!
Pedro Hewitt: Se estava faltando uma banda com a pegada que esperava era a Fast Evil, ainda mais quando se trata de influências que comecei ao entrar neste meio. Uma vez me falaram que bandas de Speed Metal por aqui não iria ter a receptividade necessária, mas olha só, vocês são uma revelação. Como surgiu realmente a banda?
Diego Dourado: Primeiramente obrigado pelo reconhecimento e por nos classificar assim. O Fast Evil surgiu da sede de um Metal rápido e direto, com elementos do Heavy Metal tradicional, o que faz toda a diferença sonora na banda. Partindo disso eu e Marcos Andrade, meu velho companheiro de guerra, resolvemos fomentar um projeto de Speed Metal que demonstrasse a nossa verdadeira ideologia, e o que sentimos quando ouvimos metal, e logo foi agregado com a entrada do Lucas que topou de primeira o convite, e Luís Neto nosso metrônomo apressado (Risos), e já adianto que escolha melhor não teria, pois notamos de cara que a banda estava formada por pessoas que realmente querem levar a parada a sério e são esforçadas. Se você ouvir o EP “WAKE UP THE DEVIL” poderá ter convicção em dizer “Wow. Aqui estão os caras, é isso que eles são”, não é somente uma banda, é o que nós somos.

Pedro Hewitt: Com tão pouco tempo a banda se tornou na visão de muitos realmente uma revelação do Metal no Piauí, de fato vocês observaram um crescimento repentino não só em views (Lyric video de Metal is Back com quase 10k em poucas horas) mas também nos elogios e oportunidades. Todo processo é árduo, como foi apostar no EP ''Wake Up The Devil'' em um curto prazo de inauguração?
Marcos Andrade: Foi realmente uma surpresa tamanha receptividade no Lyric Video de lançamento e somos gratos por isso. A velocidade habita nosso dia a dia, vivemos sempre correndo, trabalhando e nos esforçando para alcançar objetivos. Com o EP não foi diferente, rotinas árduas de trabalho para composição do EP, noites em claro, fizeram com que esse EP tivesse o resultado esperado em tão pouco tempo. Tanto a gravação quanto o processo de composição foram bastante gratificantes para nós, o que tornou um trabalho prazeroso de se fazer apesar do cansaço físico.
Pedro Hewitt: Vocês não estão aqui para agradar apenas X ou Y, e não precisam aderir uma sonoridade para isso, o som de vocês além de autêntico é totalmente audível sem ter pena. Como observam o Underground atual e as bandas que a cada dia surpreendem? (Um salve as bandas Álcool e Murdeath, mais duas que merecem total apoio)
Diego Dourado: Um salve! Somos fãs do trabalho deles também. O Underground atual é como se fosse um “ser vivo” que tem várias células, e que cada headbanger é uma, e que todos juntos formam esse “ser”, havendo as vezes células cancerígenas(Whites, nazis) que precisam ser eliminadas do Underground. Simplificando: vemos o underground como uma grande comunidade de adeptos ao estilo mais visceral do mundo, o Underground somos nós todos juntos, mas que jamais aceitaremos aqui filosofias nazis e whites. Sempre apoiaremos as bandas que levam o Metal a sério, que trabalham duro e tem responsabilidade com o público.
The Underground never dies!
Pedro Hewitt: O crescimento de bandas de Speed Metal anda muito interessante, e vocês seguem no ritmo do que tocam para atingir grandes metas, porém muitos usam tais coisas para crescer o olho e também fazer com que o Facebook seja um tribunal, imagina se vocês tocarem em um grande festival (Risos), alguns irão torcer o pescoço até de quem não tem nada a ver. Como lidam com pessoas desse tipo?
Marcos Andrade: Acreditamos que se houver respeito mútuo cada um pode opinar da forma que achar melhor, porém, foda-se (Risos), sempre vamos respeitar nossos fãs, e quem não curte nosso som também, mas tocar em um festival não fere nossa ideologia desde que esse mesmo seja coerente.

Pedro Hewitt: Vocês sempre que podem estão presentes em shows que circulam o Underground, como bem sabem as tretas, histórias e polêmicas rodeiam de todas as formas possíveis, que claramente a Fast Evil não passou imune dessa, ainda mais quando o vocalista (Lucas Mesquita) é mencionado. Os intitulam de inúmeras coisas, porém creio que muitos dos mesmos não saibam do ocorrido e da mudança sobre os fatos antes da entrada dele na banda, como estão lidando também com isso? E Lucas, qual o posicionamento sobre os fatos?
Diego Dourado: Acredito que as pessoas não saibam a versão completa dos fatos e o que realmente acontece por aqui, as vezes até mesmo sem querer acabam dando vasão para comentários que desrespeitam as pessoas, mas isso tem diminuído bastante, e o Lucas não tem tido mais problemas com as pessoas que acompanham o Underground, com o tempo a tendência é que as pessoas consigam ver o que houve, acredito que ele saiu do seu antigo projeto por não estar se sentindo confortável com aquele formato o que é um direito dele.
Lucas Mesquita: Saudações aos leitores! Como o Diego citou, eu fiz uma escolha, e me sinto mais em casa no Fast Evil, desde a ideologia da banda até a sonoridade, mas não é que tenha tido treta ou algo assim, foi algo pessoal meu, fiz uma escolha e não me arrependi.

Pedro Hewitt: Seguindo a mesma, quanto às picuinhas de postura que julgam Diego e Marcos, como surgiu tudo isso? A Fast Evil já nasceu com o anseio de Metal, e dou muita braço a torcer que agora vai, logo porque o passado de vocês com algumas empreitadas não era a praia de nenhum (Minha visão).
Marcos Andrade: (Risos) Você mesmo respondeu a pergunta, essas picuinhas que vieram sobre nossos projetos antigos, não diz respeito ao que nós acreditamos, fazíamos um trabalho lá, mas não nos envolvíamos como agora porque eram etapas diferentes, estávamos começando e não sabíamos nos posicionar da melhor forma porque aquela não era nossa praia. Mas acredito que picuinhas não levam a lugar algum a não ser a separação da cena, claro que tem casos que se deve sim haver uma “malha fina” quando se há o desrespeito pelo Underground.
Diego Dourado: Simples assim, como você mesmo falou, agora estamos em casa e nos sentimos à vontade, porque fazemos algo sincero buscando o melhor para o público, procurando melhorar cada vez mais. 

Pedro Hewitt: Em setembro estarão inclusos no Line Up do Infektor Self Festival #3 ao lado de outras 4 bandas, sendo elas a maranhense Leopard Machine, e a cearense United Hate. Qual a expectativa para o evento? Mande também um recado aos curiosos de plantão e que estão em dúvida em ir.
Marcos Andrade: Expectativa total! Esse evento vai ser insano, e esperamos que o público compareça em peso, porque vai ser realmente uma noite de muito peso.
Diego Dourado: Uma grande felicidade em dividir palco com essas bandas, esse evento promete uma grande celebração da força Underground.
Pedro Hewitt: Houve o evento Mosh Or Die #1 recentemente, onde acabei reparando em algo bem legal que sempre dou um UP! Uma faixa 1% capiroto, bem no meio de 99% anjinhos, ou seja, uma com letra em português. Qual a importância das línguas nas líricas no meio Underground?
Diego Dourado: Somos brasileiros, tocamos em inglês porque parte da cultura do Heavy Metal, que nasceu na Inglaterra, mas sempre tivemos ótimas influências de bandas como Dorsal Atlântica e Taurus que prezaram por valorizar nossa língua, daí veio a idéia de escrever “CONFINS DO INFERNO” que agora ganhou sua versão em inglês também. A importância é total mas a busca por se expressar na verdade é o que mais conta, não importa a língua desde que você cante sua verdade.
Pedro Hewitt: A Fast Evil possui a própria identidade, e isso mostra que a banda não veio pra brincar, então não precisamos martelar na cabeça de muitos como funciona o Underground. Mas sejam sinceros, quais os tipos de bandas na atualidade que merecem ser entendidas como Underground e médias, e aquelas que não merecem ser?
Diego Dourado: Como eu citei anteriormente, aquelas que tem o respeito com seu público e com sua ideologia, que pode até vir a ser uma banda de maior porte um dia, mas que se mantenha firme em sua proposta.

Pedro Hewitt: Sem levar em conta vocês hein; o que acham dessa galera que faz sucesso muito rápido hoje em dia, isto é, sobre o mercado musical? E desses movimentos em prol do Rock/Metal, como coletivos, etc...?
Marcos Andrade: Tudo é muito relativo, o mercado tem variações e não devemos nos basear nelas, muitas vezes bandas que nem tem tanto som chegam a vender muito, você deve procurar fazer o que te faz bem, tocar Speed Metal e mostrar ele pro máximo de amantes do metal que pudermos. Sobre os coletivos, isso que move a cena, que faz crescer, total apoio aos que estão no esforço para fazer as coisas acontecerem.

Pedro Hewitt: Especialmente a Diego e Marcos novamente; qual a diferença entre ser um músico profissional; que toca Metal, e ser um Headbanger que toca Metal? Observam que uma banda X pode ter sim mais sucesso quando uma outra Y tira um cover, sendo que a mesma possui mais visibilidade?
Diego Dourado: Headbanger ama o metal, faz aquilo como ninguém, aprende a tocar com seus estudos voltados para o metal.
Marcos Andrade: O músico que toca Metal, pode até conseguir tocar, mas não tem a mesma raiz, o Metal é um estilo visceral e se não conhecer bem seus feelings sentindo aquilo é meio complicado de fazer, agora se for os dois, músico profissional e Headbanger ai é outra coisa, ele escolheu aquilo para viver, é o trabalho principal da vida dele, ele precisa comer, sustentar uma casa e etc.

Pedro Hewitt: O que a Fast Evil é para o Underground? E a inserção do material para o cenário?
Diego Dourado: Deixamos essa pergunta para o público julgar, mas estamos aqui para somar! O material veio para agregar força ao cenário local, buscando satisfazer sempre o público Headbanger.

Pedro Hewitt: Se rolasse uma tour nacional somente com 2 bandas Undergrounds, quais seriam? Porquê?
Marcos Andrade: Murdeath e Jack Devil. Acreditamos que são bandas que respeitam seu público e tem muito a ver com nossa sonoridade, seria uma tour muito interessante.

Pedro Hewitt: Que a força do Speed Metal e do Rock do Capeta sempre tragam energia 100% e feeling a todos vocês. Nós vemos por aí, diabos! Noise and Speed.
FAST EVIL: HELL YEAH! LIVE FAST OR DIE! Abraço cordial ao Pedro e a todos os leitores que nos acompanharam.

Para mais informações, contatos e merchandise:
https://www.facebook.com/FastevilBand/
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About Pedro Hewitt

Trabalha desde 2002 com produção de shows em Teresina. Teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do Heavy Metal e Rock and Roll como Paul Di Anno, Ira!, Hangar, Angra, Shaman, Andralls, Drowned, Clamus, Dark Season, Megahertz, Anno Zero, Empty Grace, Morbydia, Káfila, entre outros.

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